O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, exigiu que Tóquio esclarecesse sua posição nos quatro documentos políticos bilaterais sobre a ilha.
De acordo com o porta-voz, Beijing enviou uma nova carta ao secretário-geral da ONU para expor sua posição, ação que ele classificou como “totalmente justa e necessária”.
Ele apontou que a resposta enviada pelo Japão contém “pontos de vista errôneos e mentiras hipócritas” e criticou o fato de Tóquio evitar definir claramente sua suposta “posição coerente” sobre Taiwan.
“Queremos perguntar novamente: o governo japonês pode responder de forma completa e precisa qual é essa postura consignada nos quatro documentos políticos sino-japoneses?”, indicou.
Ressaltou que associar um suposto “cenário de crise existencial” do Japão à situação em Taiwan implica uma ameaça de uso da força contra a China, o que contradiz a política de “defesa exclusiva” proclamada por Tóquio.
Lin Jian lembrou que o artigo 2, parágrafo 4, do Capítulo I da Carta das Nações Unidas proíbe expressamente os Estados-membros de recorrer à ameaça ou ao uso da força em suas relações internacionais. Observou que, como líder de um país derrotado na Segunda Guerra Mundial, Sanae Takaichi não pode ameaçar com o uso da força contra uma nação vitoriosa e, ao mesmo tempo, afirmar que respeita o direito internacional.
Denunciou que o Japão aumentou seus gastos militares por 13 anos consecutivos, flexibilizou suas restrições à exportação de armas, ampliou sua capacidade de ataque a bases inimigas e enfraqueceu princípios como o “triplo não nuclear”.
Alertou que tais medidas minam os acordos do Tratado do Cairo e da Declaração de Potsdam, que estabeleceram claramente as obrigações do Japão após sua derrota militar.
Também lembrou que este ano marca o 80º aniversário da vitória do povo chinês na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa e da derrota do fascismo no mundo. Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da China destacou que vários setores responsáveis no Japão demonstraram preocupação com as consequências das declarações errôneas da primeira-ministra japonesa sobre Taiwan.
O porta-voz exigiu que Tóquio corrigisse sua postura, retirasse essas declarações e parasse de ferir os sentimentos populares bilaterais.
Indicou que a China espera que os grupos japoneses promovam uma atitude construtiva dentro de seu próprio país.
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