“Essa mudança na cúpula do governo, quase dois meses antes de 7 de fevereiro de 2026, seria um duro golpe aos esforços já em andamento para restaurar a segurança e organizar as eleições”, argumentou o chefe do Conselho Presidencial de Transição do Haiti (CPT), Laurent Saint-Cyr.
O líder do CPT explicou que certos ajustes sempre podem ser considerados para revitalizar a ação governamental, mas, nesta fase, ele não pode apoiar uma decisão que rompa o equilíbrio e enfraqueça uma instituição já comprovada.
Se isso ocorrer, observou ele, estará em risco a estabilidade mínima necessária para concluir a transição.
O CPT deve devolver ao Haiti o caminho da dignidade, legitimidade democrática, estabilidade e soberania e garantir o funcionamento correto das instituições estatais, afirmou Saint-Cyr, citado pelo jornal Le Nouvelliste.
Em suas palavras dirigidas aos membros do CPT, Louis Gérald Gilles, Edgard Leblanc e Fritz Alphonse, que assinaram uma moção para expulsar Didier do poder, ele disse: “Devo deixar claro que não concordo com essas medidas que contrariam minhas profundas convicções, meus princípios, minha consciência e o interesse superior do povo haitiano”.
Continuo a favor da estabilidade, do rigor que deve orientar a ação pública, da luta resoluta contra a insegurança e do respeito pela independência do Conselho Eleitoral Provisório, acrescentou Saint-Cyr.
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