O estudo, citado pelo jornal La Estrella de Panamá, indica que o istmo é também o segundo país com maiores disparidades na América Latina e no Caribe, atrás apenas da Colômbia.
De acordo com a medida da desigualdade pelo coeficiente de Gini, no Panamá esse indicador passou de 0,403 em 2023 para 0,506 em 2024.
Sobre o relatório anual da Cepal (Panorama Social da América Latina e do Caribe 2025), o chefe do órgão, José Manuel Salazar-Xirinachs, alertou sobre as disparidades educacionais no Panamá, especialmente entre as áreas urbanas e rurais.
Ele também mencionou as desigualdades que afetam as pessoas com deficiência e os jovens indígenas.
“A porcentagem mais baixa, 20% das pessoas com deficiência, tem acesso ao mercado de trabalho. Também se observa uma lacuna importante entre os povos indígenas, que se manifesta em menores possibilidades dos jovens indígenas ingressarem no ensino superior”, destacou.
De acordo com o censo de 2023, nos territórios com maior concentração indígena, essa possibilidade era de 10,7%, contra 31,6% dos jovens não indígenas, acrescentou Salazar-Xirinachs.
O secretário executivo considerou que, para reverter essas diferenças, é necessário fortalecer os sistemas de proteção social para que alcancem efetivamente os grupos mais vulneráveis, conforme destaca o estudo.
O relatório Panorama Social da América Latina e do Caribe 2025 faz parte da agenda de pesquisa sobre desigualdade que a Cepal desenvolveu no âmbito da Segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social.
mem/ga/bm





