Nesse contexto, coletivos feministas sairão às ruas para denunciar a violência de gênero, algo que consideram que o Estado ignora.
“Nos reunimos para levantar uma única voz: unidade, justiça e resistência! Contra o abandono”, afirmou a ativista Cristina Cachaguay, da organização Mujeres por el Cambio (Mulheres pela Mudança).
O Equador atravessa o ano mais letal para mulheres e meninas, com 349 feminicídios entre janeiro e 15 de novembro de 2025, segundo divulgou a Fundação Aldea, que denunciou a falta de resposta do Estado ao problema.
Após uma análise dos casos, a organização não governamental apontou que o país vive uma “onda de feminicídios” paralela ao aumento geral da violência criminal.
Setenta e oito por cento dos crimes foram cometidos com armas de fogo, um indicador que, segundo o coletivo, reflete como o crime organizado usa os corpos femininos como “espólio de guerra”.
A Fundação Aldea afirmou que a violência de grupos armados, gangues e facções ligadas a economias ilegais coloca mulheres e meninas em maior risco, ao operar sob estruturas de poder que agem “como corporações armadas”.
Eles denunciam que o Estado não responde à magnitude da crise e acusam as instituições judiciais de permanecerem “adormecidas”, enquanto a violência se normaliza nos âmbitos familiar, comunitário e laboral.
A organização pediu ao governo que reconhecesse a real dimensão do problema, deixasse de “ocultar e invisibilizar” os números e garantisse justiça e reparação integral às pessoas afetadas.
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