“Este evento revelou uma verdade simples, sobre a qual venho alertando desde que assumi o cargo: o Louvre é uma maravilha nacional, mas também é frágil”, declarou a curadora de arte em audiência perante a Comissão de Assuntos Culturais da Assembleia Nacional.
Além do roubo, que gerou críticas ao governo e a atual impossibilidade de recuperar o valor das joias roubadas, estimado em 88 milhões de euros, o museu mais famoso e visitado do mundo teve que fechar a Galeria Campana, com suas nove salas dedicadas à cerâmica grega antiga, na segunda-feira, como medida de precaução devido a fragilidades em algumas das vigas.
“Este evento revelou uma verdade simples, sobre a qual venho alertando desde que assumi o cargo: o Louvre é uma maravilha nacional, mas também é frágil”, afirmou a curadora de arte em audiência perante a Comissão de Assuntos Culturais da Assembleia Nacional.
Des Cars enfatizou que já havia apontado a deterioração e a obsolescência da infraestrutura técnica do edifício, que outrora foi residência real e abriga mais de meio milhão de obras de arte, das quais pelo menos 36 mil estão em exposição.
A este respeito, afirmou aos parlamentares que a situação é urgente, destacando o projeto de revitalização do Louvre lançado pelo presidente Emmanuel Macron em janeiro passado, após seus apelos para que o assunto fosse tratado com atenção.
A instituição, localizada às margens do Sena, foi alvo de um roubo em 19 de outubro, que resultou no furto de colares, brincos, um corpete e uma tiara pertencentes às imperatrizes Eugênia, Maria Luísa da Áustria, Maria Amélia e Hortense.
Em resposta a esses acontecimentos recentes, Des Cars anunciou a implementação de cerca de vinte medidas nos próximos dias, incluindo a instalação de 100 câmeras de segurança no perímetro, a criação do cargo de Coordenador de Segurança e a colocação de dispositivos de distanciamento social em áreas sensíveis. O objetivo é estabelecer uma verdadeira cultura de segurança, enfatizou ela.
A presidente-diretora do Louvre denunciou uma campanha de desinformação sobre o museu e afirmou ser falso que o museu tenha priorizado gastos desnecessários.
Após o roubo de joias da Galeria Apollo, abundam comentários na mídia atribuindo a alocação de recursos substanciais a outras questões, quando a prioridade deveria ter sido a segurança e a proteção do museu.
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