Negociações técnicas, novos acordos e apresentações de projetos marcam cada dia do fórum, onde Havana reforça sua presença em várias frentes.
Um dos passos relevantes foi a consolidação do vínculo com a Itália, país com o qual realizou uma sessão de trabalho focada em atualizar sua cooperação em desenvolvimento sustentável.
A reunião permitiu o lançamento de duas iniciativas estratégicas: uma voltada para expandir a economia circular no país por meio de redes de laboratórios e centros de inovação, e outra destinada a acelerar a entrada de Cuba nos mercados de carbono.
O primeiro programa será acompanhado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial e prevê a criação de um Centro Regional de Economia Circular na província central de Sancti Spíritus.
Apresentado por especialistas do recém-criado mecanismo técnico para mercados de carbono, o segundo programa visa colocar Cuba em melhor posição para captar financiamento baseado na mitigação.
Outro ponto destacado foi a proposta cubana de elaborar uma iniciativa regional para proteger zonas costeiras vulneráveis, baseada em um modelo financeiro misto que combine recursos reembolsáveis e doações.
A ideia na XXX Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30) recebeu recomendações de especialistas italianos para ser complementada com fontes adicionais de financiamento internacional.
Paralelamente a essas negociações, Cuba também revisou o andamento de projetos anteriores executados com outros parceiros, incluindo programas de transição energética, estudos ambientais costeiros e ferramentas de monitoramento desenvolvidas em conjunto com instituições europeias.
A agenda bilateral também contou com um novo participante: a República Dominicana. Os dois países assinaram um memorando de entendimento que abre um marco de cooperação sobre conservação de ecossistemas, redução da poluição plástica, mitigação de riscos climáticos e fortalecimento de sistemas de alerta precoce. Paralelamente, representantes cubanos mantiveram um intercâmbio com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no qual foram analisadas formas de ampliar o acesso da ilha a novos fundos internacionais, incluindo o mecanismo de Perdas e Danos, a reposição do Fundo para o Meio Ambiente Mundial e o Fundo de Adaptação.
A estratégia — multilateral, técnica e financeiramente diversificada — busca colocar Cuba em melhores condições para acessar mecanismos globais em um contexto em que cada fonte de cooperação é importante.
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