Terça-feira, Novembro 18, 2025
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Brasil anuncia na COP30 recursos para bioeconomia amazônica

Belém, 18 nov (Prensa Latina) O Brasil lançou no contexto da COP30, que realiza hoje sua nona jornada de sessões, o programa Coopera+ Amazônia para fortalecer a inovação gerencial e produtiva de 50 cooperativas extrativistas.

De acordo com o portal da XXX Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), o plano prevê um investimento de pouco mais de 20 milhões de dólares para essas associações que atuam nas cadeias de fornecimento da palmeira amazônica babaçu, da fruta açaí, da castanha-do-brasil e do cupuaçu (produto parente do cacau).

O objetivo é fortalecer as cooperativas em cinco estados da Amazônia Legal (Pará, Rondônia, Maranhão, Amazonas e Acre) durante um período de 48 meses.

O anúncio foi realizado na Zona Verde, sede das convenções do fórum, com a presença do vice-presidente do país, Geraldo Alckmin.

“Os recursos permitirão, nesta primeira etapa, agregar valor, aumentar a renda familiar, fortalecer o cooperativismo na região e contribuir para o combate às mudanças climáticas. Aproximadamente 3.500 famílias serão beneficiadas”, explicou.

O programa é uma ação conjunta dos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Os investimentos contribuirão para melhorar a vida desses produtores, permitindo-lhes desenvolver maquinário, propor projetos, assegurar maior produtividade, lograr uma maior integração ao mercado e gerar emprego e renda. Isto é fundamental e ajudará a preservar a floresta”, expressou com orgulho a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Por sua vez, o presidente do Sebrae, Décio Lima, afirmou que, além de expandir os mercados, o programa incorporará tecnologias que fortalecem a bioeconomia amazônica.

“Resulta numa bioeconomia única, produto desta extraordinária floresta, que garante a sobrevivência, não derruba árvores nem polui rios; é sustentável. Esta é a reflexão que devemos fazer, especialmente neste modelo cooperativo”, enfatizou.

Estruturado pelo Sebrae em colaboração com o MDIC, o programa busca melhorar a gestão, aumentar a produtividade, expandir os mercados e incorporar tecnologias que fortaleçam a bioeconomia amazônica.

Está previsto o fornecimento de consultoria, capacitação, assistência técnica, extensão rural e a aquisição de maquinário para reduzir o trabalho árduo do extrativismo e agregar valor aos produtos.

Entre os resultados esperados estão maior produtividade, incremento do valor agregado dos produtos, aumento da renda, expansão do número de membros das cooperativas, bem como a redução e reutilização dos resíduos extrativistas.

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