Domingo, Novembro 16, 2025
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Começam votações para o referendo e consulta popular no Equador

Quito, 16 nov (Prensa Latina) As urnas abriram hoje no Equador às 7h (horário local), onde os cidadãos votaram na consulta popular e referendo propostos pelo presidente Daniel Noboa.

Com uma cerimônia oficial na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Quito, liderada por autoridades eleitorais e governamentais e sob um rigoroso esquema de segurança, o dia da votação foi inaugurado.

A chefa do CNE, Diana Atamaint, destacou que, para o processo deste domingo, estão habilitados 13,9 milhões de eleitores dentro e fora do país.

No evento, que contou com a presença de ministros, altos funcionários da polícia e das forças armadas, além de observadores e outros convidados, Atamaint enfatizou que o órgão eleitoral garante a transparência tanto no processo de votação quanto no crucial processo de apuração dos votos.

Nesse sentido, ela descartou o uso de “tintas mágicas” ou “tintas ambulantes”, após observadores e o movimento Revolução Cidadã alegarem que, nas eleições anteriores, em que Noboa foi eleito, houve transferência de tinta para as cédulas.

Por sua vez, a vice-presidenta equatoriana María José Pinto, falando em nome de Noboa, enfatizou que o dever da liderança política é proteger e garantir que sejam os cidadãos que decidam seu futuro.

A vice-presidenta afirmou que a coordenação institucional permitiu a implementação de mudanças durante esses meses de seu governo e enfatizou que a defesa da democracia é a base para a construção de um país “onde cada voz importa e cada cidadão pode olhar para o futuro com esperança”.

O presidente do Tribunal Contencioso Eleitoral, Ivón Coloma, destacou o processo como uma expressão democrática.

“Tenham certeza de que a função eleitoral assume seu papel como garantidora dos direitos de participação, e não se esqueçam de que por trás de cada seção eleitoral está a equipe eleitoral que torna possível o desenvolvimento do processo”, afirmou Coloma.

As eleições estão programadas para terminar às 17h (horário local), quando todas as seções eleitorais fecharão e a contagem dos votos terá início.

Os cidadãos terão que votar “Sim” ou “Não” nas quatro perguntas que constam na cédula eleitoral.

As questões levantadas diziam respeito à possibilidade de convocarem uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova constituição, bem como ao retorno das bases militares estrangeiras, à redução do número de legisladores e ao fim do financiamento público para partidos políticos.

Para as organizações sociais e os setores populares, essas reformas, propostas por Noboa, colocam em risco direitos arduamente conquistados, a soberania nacional e a representação política.

As quatro propostas surgem num contexto de extrema violência, crise econômica e desconfiança institucional.

Noboa expressou confiança na vitória do “Sim” neste domingo, 16 de novembro, mas o resultado final será decidido pelos cidadãos em um processo que custará cerca de 60 milhões de dólares.

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