Quarta-feira, Novembro 12, 2025
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Ministro da Justiça da Ucrânia é destituído

Kiev, 12 nov (Prensa Latina) O ministro da Justiça da Ucrânia, Germán Galúschenko, foi destituído do cargo após o estouro de um escândalo de corrupção, informou hoje a primeira-ministra do país eslavo, Yulia Sviridenko.

De acordo com o que a chefe de gabinete comunicou em seu canal do Telegram, nesta quarta-feira, em uma reunião extraordinária do governo, foi tomada a decisão de destituir Galúschenko, por supostamente estar envolvido em um esquema de corrupção que salpica o entorno do presidente Vladimir Zelenski.

Sviridenko precisou que a vice-ministra da Justiça, Liudmila Sugak, substituirá Galúschenko por enquanto.

Anteriormente, o Ministério da Justiça da Ucrânia confirmou que o ministro destituído estava sendo investigado e que uma organização criminosa ligada à família de Andrei Derkach, que lavava fundos obtidos ilegalmente no setor energético, havia sido desmantelada no centro de Kiev.

Antes disso, o Escritório Nacional Anticorrupção (NABU, na sigla em ucraniano) realizou buscas na casa de Galúshchenko, na empresa Energoatom e na casa do empresário Timur Mindich, no contexto de uma investigação sobre um esquema de corrupção em grande escala. Galúschenko atuou anteriormente como ministro da Energia.

O próprio ex-titular declarou que concorda com a decisão do governo de suspendê-lo, mas ressaltou que vai defender sua posição. “Concordo plenamente: é preciso tomar uma decisão política e depois estudar todos os detalhes. Vou me defender no plano legal e demonstrar minha posição”, afirmou nas redes sociais.

A NABU, segundo a própria entidade, está realizando uma operação de grande envergadura em conjunto com o Ministério Público anticorrupção para enfrentar esse flagelo no setor energético.

O órgão destacou que, após 15 meses de trabalho e mil horas de gravações de áudio, “foram documentadas as atividades de uma organização criminosa de alto nível”.

Seus membros articularam um esquema de corrupção em grande escala para influenciar empresas estratégicas do setor público, em particular a Energoatom”.

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