Ao intervir na sessão temática sobre transição energética da Cúpula de Líderes da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), Lula também criticou as guerras em diferentes regiões do planeta, citando o conflito entre a Rússia e a Ucrânia na Europa Oriental.
Essa guerra reverteu anos de esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentou a reabertura de minas de carvão, afirmou.
“Gastar o dobro em armas do que destinamos à ação climática está pavimentando o caminho para o apocalipse climático”, insistiu.
Após se reunir com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o governante anfitrião continua nesta sexta-feira sua agenda de reuniões bilaterais com os líderes presentes no segundo e último dia da Cúpula de Líderes. Lula e também têm encontros agendados com os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, de Portugal, Luís Montenegro, e de Moçambique, Daniel Chapo.
Espera-se que a Alemanha anuncie sua contribuição ao Fundo para a Conservação das Florestas Tropicais (TFFF).
Ao todo, 34 países com florestas tropicais apoiaram a Declaração do TFFF, que abrange quase 90% das florestas tropicais em países em desenvolvimento, incluindo Indonésia, República Democrática do Congo e China.
A proposta consiste em arrecadar US$ 25 bilhões de países investidores. A expectativa é que essa contribuição atraia capital do setor privado e, assim, arrecade US$ 125 bilhões para investir na conservação das florestas tropicais.
O Brasil anunciou uma contribuição de US$ 1 bilhão. A Noruega se comprometeu a contribuir com US$ 3 bilhões nos próximos 10 anos, sujeito a condições, e a Indonésia contribuirá com US$ 1 bilhão.
A França indicou que poderia investir até US$ 577 milhões até 2030. Portugal anunciou uma contribuição de US$ 1 milhão.
A jornada da cúpula começou nesta sexta-feira com uma foto de família dos líderes mundiais.
Paralelamente à sessão plenária, serão realizadas duas mesas de trabalho temáticas presididas por Lula.
Além da transição energética, um dos assuntos mais espinhosos das negociações ambientais, a segunda abordará os 10 anos do Acordo de Paris e revisará as metas climáticas.
Os países tinham até fevereiro passado para apresentar seus novos compromissos, mas até o momento apenas cerca de 70 o fizeram, faltando apenas três dias para o início formal da COP30, que se estenderá até o dia 21.
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