Francisco José Martín, especialista em cardiologia esportiva do centro I-Shape da Universidade Europeia, afirmou que “a detecção precoce previne complicações como AVC, insuficiência cardíaca ou morte súbita”.
Ele explicou que a febre ou certos medicamentos também podem influenciar o surgimento de arritmias e, embora nem todas sejam graves, não devem ser ignoradas.
“A detecção precoce de arritmias permite a intervenção antes que surjam complicações graves. Embora muitas sejam benignas, seu controle é fundamental, pois certas arritmias estão associadas a eventos cardiovasculares e a um risco maior de insuficiência cardíaca”, observou.
Segundo a instituição de ensino, que possui campi nas Ilhas Canárias, Andaluzia, Valência e Madri, a insuficiência cardíaca causou 18.574 mortes na Espanha em 2024.
O Dr. Martín afirmou que, com base em certos sintomas, é importante prestar atenção em como a pessoa se sente no seu dia a dia. Palpitações dolorosas, sensação de vazio no peito, falta de ar, tonturas ou desmaios são motivos para procurar avaliação médica.
Às vezes, a arritmia passa despercebida e é descoberta durante um eletrocardiograma de rotina ou um exame médico esportivo. “Em indivíduos ativos, notar uma frequência cardíaca anormalmente alta ou irregular durante o exercício justifica uma investigação.
O tipo de arritmia é importante, assim como verificar se o coração está estruturalmente saudável”, explicou o especialista. A avaliação do exame revela fatores como causas estruturais (alterações no próprio músculo cardíaco) ou causas elétricas (erros na transmissão do sinal do batimento cardíaco), e hábitos e fatores externos também desempenham um papel importante.
Além disso, cicatrizes ou dilatações cardíacas, distúrbios elétricos genéticos, consumo excessivo de cafeína ou álcool, estresse, falta de sono, febre, desequilíbrios eletrolíticos ou certos medicamentos estão entre os possíveis fatores desencadeantes.
“Em jovens e atletas, extrassístoles isoladas são frequentes e geralmente benignas, mas devem sempre ser avaliadas em um contexto clínico”, observou o Dr. Martín.
Aprofundando o tema, ele destacou que a fibrilação atrial interrompe a contração dos átrios do coração, o que promove a formação de coágulos sanguíneos, aumentando assim o risco de acidente vascular cerebral (AVC).
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração perde a capacidade de bombear sangue e é acompanhada por fadiga e falta de ar.
“Quanto mais cedo for diagnosticada, mais cedo se poderá intervir com mudanças no estilo de vida, medicamentos, ablação ou dispositivos como marca-passos ou desfibriladores, quando indicados”, enfatizou Martín.
“O coração tem memória. O que repetimos todos os dias com exercícios, alimentação e sono constrói sua saúde futura”, concluiu o especialista da Universidade Europeia.
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