Uma nota do Ministério das Relações Exteriores italiano indica que o vice-primeiro-ministro da nação europeia desenvolverá, no âmbito desse fórum, que se estenderá de 10 a 21 de novembro, uma ampla agenda que, além de sua participação nos debates, incluirá contatos de alto nível. Tajani visitará o Pavilhão Italiano, localizado na inovadora plataforma flutuante AquaPraça, apresentada anteriormente na Bienal de Veneza, em setembro deste ano.
Nessa plataforma, que faz parte dos espaços oficiais da COP30, o ministro se reunirá com empresários de seu país que operam no Brasil, nação incluída no Plano de Ação Exportadora do governo italiano, aponta o documento.
Entre as atividades programadas estão também visitas do chanceler à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, projetada no início do século XX pelo arquiteto italiano Gino Coppedé, bem como à comunidade terapêutica Fazenda da Esperança e ao Hospital da Divina Providência, localizados na cidade de Marituba.
Nesses centros de saúde, localizados nos arredores de Belém, trabalham missionários italianos da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência, precisa o texto.
De acordo com esse comunicado oficial, na COP30, “a Itália reiterará seu firme compromisso de contribuir para a limitação do aquecimento global e instará todos os Estados Partes a combinar ambição e realismo, perseguindo os objetivos climáticos com abertura e inovação, mas evitando o dogmatismo”.
Destaca-se que a Itália contribuiu para o resultado alcançado pelos ministros do Meio Ambiente da União Europeia que, antes da COP30, confirmaram a meta climática de reduzir até 2035 as emissões de gases de efeito estufa entre 66% e 72%, em comparação com os níveis de 1990.
No entanto, em uma análise publicada no site do jornal Il Fatto Quotidiano, o renomado ecologista e líder sindical Mario Agostinelli antecipa que, nessa cúpula climática, a Itália adotará uma postura negacionista substancial, justificando seu atraso no cumprimento das metas internacionais previamente acordadas. Agostinelli aponta que, enquanto o Pacto Verde Europeu é desmantelado sob pressões do governo norte-americano, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ausente nesta COP30, “qualifica a sustentabilidade ambiental como ideológica” e apoia a manutenção dos motores de combustão interna na indústria automotiva continental.
Por outro lado, o governo deste país europeu apoia o aumento das importações de gás natural liquefeito proveniente dos Estados Unidos, Argentina e outras nações, “incumprindo assim o objetivo de emissões líquidas de carbono zero para 2040”, acrescenta o especialista.
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