A petição, apresentada pelo líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, cita contatos feitos pela administração Castro com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a facção criminosa Comando Vermelho fosse classificada como organização terrorista.
Na semana passada, a CNN Brasil revelou que a direção do carioca entregou um relatório ao Consulado dos EUA no Rio, destacando a expansão da facção nos Estados Unidos e exigindo sua designação como organização terrorista.
Em petição protocolada junto à Procuradoria-Geral da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) alega que o governador conduziu negociações diretas com Washington e a DEA, entregando relatórios confidenciais de segurança pública e solicitando que o Comando Vermelho fosse classificado como organização narcoterrorista.
Segundo a organização política, essa iniciativa configura interferência estrangeira em matéria de competência exclusiva do governo federal e ameaça à integridade da política de segurança nacional.
“Ao atuar como informante de um governo estrangeiro, Cláudio Castro viola a soberania brasileira e contraria o pacto federal”, enfatiza o documento.
A petição solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine o encaminhamento do caso à Procuradoria-Geral da República, solicite relatórios e comunicações entre o governo do estado do Rio de Janeiro e as autoridades estadunidenses e suspenda provisoriamente Castro do cargo para evitar futuras atividades ilícitas.
A petição também exige que a Agência Brasileira de Inteligência (ABI) e a Controladoria-Geral da União sejam contatadas para preservar dados e investigar possíveis vazamentos de informações estratégicas de segurança.
No final de outubro, o Partido dos Trabalhadores (PT) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a destituição de Castro do cargo por interferência em investigações relacionadas ao setor de combustíveis.
Segundo a denúncia, uma rede de distribuição de combustíveis é controlada por membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na denúncia, Farias solicita a abertura de inquérito criminal, o levantamento do sigilo fiscal, bancário e telefônico do governador e sua destituição preventiva do cargo.
A denúncia alega que, enquanto a Polícia Federal atuava no combate à lavagem de dinheiro e à sonegação fiscal, o governo do estado do Rio de Janeiro favorecia refinarias investigadas por fraude.
rgh/ocs / fav





