Em um relatório mensal sobre “Violações da Ocupação e Medidas de Expansão Colonial”, Muayyad Shaaban, chefe da Comissão contra o Muro e os Assentamentos, relatou que as tropas israelenses realizaram 1.584 ataques durante esse período, enquanto os colonos realizaram o restante.
A maioria das incursões concentrou-se nas províncias de Ramallah (542), Nablus (412) e Hebron (401).
O oficial palestino alertou para o aumento dos crimes israelenses, citando a demolição de estruturas, a queima de árvores comerciais, a confiscação de propriedades, o vandalismo, a imposição de obstáculos à circulação de pessoas, assassinatos, agressões físicas e roubos.
Este aumento confirma que não se tratam de incidentes isolados, mas sim de uma estratégia organizada com o objetivo de desapropriar os proprietários de terras e impor um sistema de assentamentos racista abrangente, enfatizou.
A este respeito, observou que o elevado número de ataques perpetrados por milícias de colonos representa mais um exemplo do terrorismo de Estado praticado por aquele país.
Tais crimes exigem uma posição internacional firme para proteger o povo palestino, indicou.
Shaaban afirmou que, desde o início deste ano, colonos na Cisjordânia assassinaram 14 palestinos e realizaram outros 352 atos de sabotagem e roubo de propriedades.
Revelou que, desde o início de outubro, extremistas judeus tentaram estabelecer sete novos assentamentos, principalmente agrícolas e pecuários, em terras palestinas. Nesse mês, foram realizadas 25 operações de demolição contra 28 estruturas palestinas, incluindo 15 casas habitadas e 11 instalações agrícolas, explicou.
Mais de 750 mil colonos judeus vivem atualmente na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, distribuídos por cerca de 180 assentamentos e 256 postos avançados, segundo dados oficiais.
A comunidade internacional rejeita essa política expansionista e considera esse território parte do futuro Estado palestino.
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