Em declarações à RMC, Quentin Ruffat, porta-voz da popular plataforma na França, descreveu a situação como grave e inaceitável, e especificou que a Shein cooperará integralmente na identificação dos compradores.
“Tomamos as medidas cabíveis e fomos proativos”, disse o porta-voz em resposta à controvérsia, que eclodiu na semana passada no contexto da inauguração, amanhã, em Paris, da primeira loja física da gigante do “fast-fashion”, que tem obtido grande sucesso com suas vendas online.
Segundo Ruffat, ao analisar essa questão espinhosa, é preciso considerar que a Shein vende roupas e atua como intermediária.
Trata-se de uma falha interna em nossos processos e governança, e já a corrigimos prontamente, acrescentou.
Em resposta à controvérsia, o Ministro da Economia e Finanças da França, Roland Lescure, ameaçou a empresa com a exclusão do mercado francês caso a infração se repita.
No dia anterior, a Shein divulgou um comunicado anunciando a remoção de todos os anúncios relacionados a bonecas sexuais e a suspensão temporária da categoria “produtos adultos” em seus catálogos.
Por sua vez, o Ministério Público de Paris solicitou a intervenção do Juizado da Infância e da Juventude e abriu investigações contra diversas plataformas online, além da Shein, em particular AliExpress, Temu e Wish.
Além da controvérsia em torno das bonecas sexuais, a abertura de uma loja física da empresa na loja de departamentos BHV, em Paris, gerou críticas e protestos, com conotação política e acusações de que a Shein estaria colonizando o mercado europeu por meio de práticas de concorrência desleal.
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