Sábado, Novembro 01, 2025
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Brasil rejeita primeiros pedidos de revisão criminal de golpistas

Brasília, 31 out (Prensa Latina) Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil rejeitaram os primeiros pedidos de revisão penal dos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, informou hoje o portal de notícias G1.

Segundo o site, até o momento, o STF indeferiu três dos 11 pedidos de revisão penal recebidos dos condenados pela tentativa de golpe de Estado naquela data, quando ocorreu a tomada e destruição das sedes dos Três Poderes nesta capital.

Os oito pedidos restantes estão pendentes de parecer do Ministério Público ou de decisão do ministro competente.

O objetivo da revisão é corrigir erros judiciais e requer a apresentação de novas provas que comprovem a inocência: demonstrar que a decisão foi contrária ao direito penal e que o julgamento se baseou em depoimentos, laudos periciais ou documentos falsos.

A decisão mais recente dos três casos negados pelo STF em matéria de revisões foi a do ministro Antonio Dias Toffoli, que indeferiu o pedido de Antônio Teodoro de Moraes, condenado a 14 anos de prisão, que conseguiu reduzir sua pena para 12.

Sua defesa argumentou que a pena violou a lei, a jurisprudência do Supremo e as provas do caso.

Dias Toffoli considerou que os advogados apenas tentaram reexaminar as decisões de aceitar a acusação e a condenação. Os advogados ainda podem recorrer. Antes do juiz, a magistrada Cármen Lúcia Antunes refutou o pedido de Miguel Fernando Ritter, condenado a 12 anos e seis meses de prisão pelo plenário do tribunal superior.

A equipe jurídica alegou que o fato de ele ter sido julgado pelo Supremo sem ter competência nesse tribunal constituía uma violação da lei, alegando “erro judicial de direito”.

A esse respeito, Antunes afirmou que o tribunal estabeleceu competência para os processos de 8 de janeiro, não apenas no caso de Ritter, mas em todos os processos criminais relacionados aos atentados.

Um terceiro pedido foi rejeitado pelo juiz Flávio Dino, que negou o pedido de Lucinei Tuzi Casagrande Hilebrand, condenada a 14 anos de prisão também pelo plenário do Supremo.

Dino entendeu que o pedido não atendia aos requisitos legais para ser admitido e não apresentava elementos relevantes para a revisão da sentença.

Pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a considerar a possibilidade de solicitar uma revisão penal.

Isso devido ao panorama desfavorável que se vislumbra no Supremo Tribunal Federal em relação ao recurso contra a condenação de Bolsonaro por golpe de Estado e sua sentença de 27 anos e três meses de prisão.

Esta semana, o recurso foi interposto e será julgado a partir de 7 de novembro pela primeira turma do STF.

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