Estão incluídos processos por desaparecimentos, assassinatos, privações de liberdade e homicídios ocorridos no período anterior e inicial do plano pelo qual ditaduras no sul do continente colaboraram em um programa de terror e morte.
O processo envolve “quatro desaparecimentos forçados, 12 homicídios e cerca de 60 ou 70 privações de liberdade, além do caso das crianças com supressão do estado civil”, explicou Perciballe.
“São cerca de 100 depoimentos”, cerca de “34 operações diferentes”, disse ele à La Diaria Radio.
O processo inclui os casos do “desaparecimento forçado de Washington Barrios e Manuel Liberoff; os assassinatos de Zelmar Michelini, Héctor Gutiérrez Ruiz, William Whitelaw e Rosario Barredo”, afirmou.
Também as privações de liberdade de Gabriela Schroeder; a apropriação de Macarena Gelman; a situação de Mariana Zaffaroni e outros homicídios ocorridos entre fevereiro de 1974 e outubro de 1976.
Ele acrescentou que as informações obtidas sob tortura no Uruguai foram utilizadas na Argentina para a detenção de militantes do Partido pela Vitória do Povo.
A origem do caso está ligada ao país vizinho após a constatação da existência de um centro de detenção e tortura em Buenos Aires, por onde passaram cidadãos uruguaios vítimas do Plano Condor.
“Estamos na fase de controle da acusação”, a audiência intermediária, após a acusação e antes da investigação, na qual as provas são controladas e sua admissão é determinada.
“Supomos que este ano vamos concluí-la e no próximo ano o julgamento terá início”, adiantou, embora tenha reconhecido que o Ministério Público está imerso em responder aos recursos apresentados pela defesa dos acusados por crimes contra a humanidade.
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