De acordo com o projeto de mensagem da Duma à Assembleia Geral da ONU, divulgado nesta segunda-feira em Moscou à imprensa, os legisladores da nação eslava instam o governo dos Estados Unidos a abandonar a confrontação e manter um diálogo respeitoso e em pé de igualdade com Cuba.
Nesta segunda-feira, um grupo de deputados russos apresentou no plenário o projeto de mensagem à Assembleia Geral da ONU, aos parlamentos dos países membros desse organismo e às entidades parlamentares internacionais, no qual instam Washington a pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a nação caribenha.
A normalização das relações entre Washington e Havana, sublinharam, responde aos interesses dos povos de ambas as nações e ao fortalecimento da estabilidade em todo o Caribe.
“O bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba constitui uma violação sistemática das normas e dos princípios fundamentais do direito internacional. Essa política norte-americana é contrária ao espírito e à letra da Carta das Nações Unidas”, ressalta o documento.
A Câmara Baixa russa ressalta que as consequências humanitárias do bloqueio unilateral dos Estados Unidos são inaceitáveis e não podem ser justificadas por nenhum objetivo político. Está previsto que o plenário dos legisladores russos examine o texto na terça-feira, 28 de outubro.
Nos próximos dias 28 e 29 de outubro, será apresentado e submetido a votação mais uma vez na Assembleia Geral da ONU o projeto de resolução que pede o fim do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba. Desde 1992, esse documento tem sido aprovado na Assembleia Geral por ampla maioria. No ano passado, a resolução que exige que Washington levante seu bloqueio unilateral recebeu 187 votos a favor e apenas dois contra: dos próprios Estados Unidos e Israel, enquanto a Moldávia se absteve.
Segundo as autoridades cubanas, desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano, as restrições contra a ilha se tornaram mais severas, a perseguição financeira aumentou e há mais obstáculos para importar combustível, medicamentos e artigos de primeira necessidade.
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