A agência estatal Agencia Brasil indica que o encontro está marcado para domingo em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos os líderes participarão da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
O interesse do brasileiro pela conversa surgiu no final de sua visita à Indonésia, antes de partir para a Malásia.
Ele reiterou que seu país está disposto a negociar e que demonstrará as deficiências das tarifas e sanções às autoridades nacionais.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que é possível uma reunião breve e simbólica para demonstrar a relação positiva entre as duas nações.
Com relação às negociações sobre o aumento unilateral dos impostos sobre produtos brasileiros, espera-se avanços no grupo de trabalho dos dois países.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou em Washington, no dia 16 de outubro, com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
Pouco depois do encontro, em declaração à imprensa, Vieira afirmou que o diálogo foi “muito produtivo”, sem detalhar o conteúdo da conversa.
Ele confirmou que o Brasil expressou a “necessidade de reverter as medidas iniciadas em julho”, concretamente os impostos de 50% instituídos sobre mercadorias nacionais e as sanções contra funcionários brasileiros.
A partir de agora, as equipes das partes estabeleceram um cronograma de negociação e espera-se que realizem uma conversa técnica virtual nos próximos dias.
Lula também destacou que será uma boa reunião para Trump e o Brasil, com debates sem vetos sobre qualquer assunto, desde a Faixa de Gaza, Ucrânia, Rússia, Venezuela até os metais raros.
Sobre as ações da Casa Branca para combater as drogas na América Latina, incluindo os ataques a navios suspeitos de tráfico de drogas, o presidente citou a necessidade de respeitar as normas internacionais.
Lula chegou a Kuala Lumpur nesta sexta-feira pela manhã.
O governo considera estratégica sua participação na Cúpula da ASEAN. Em 2024, o bloco econômico foi o quinto parceiro comercial mais importante do Brasil em nível mundial.
Ele também se posicionou como o quarto maior destino das exportações brasileiras e representou 20% do superávit comercial total do gigante sul-americano, com um saldo positivo de US$ 15,5 bilhões.
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