A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, que estimou que as perdas para o país devido aos ataques a navios que transitam pelo Mar Vermelho chegaram a US$ 9 bilhões em 2024.
Confiamos no restabelecimento da segurança e da estabilidade no Mar Vermelho, afirmou o ministro ao intervir no Fórum de Assuã para a Paz e o Desenvolvimento Sustentável.
Observou que atualmente entre 25 e 30 navios transitam pelo Canal de Suez diariamente, em comparação com os 72 antes do conflito em Gaza, iniciado em outubro de 2023.
De acordo com dados oficiais, 3.074 navios cruzaram a via interoceânica no primeiro semestre de 2025, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior.
Os desafios de segurança no Mar Vermelho obrigaram muitos proprietários e operadores de navios a tomar rotas alternativas em vez do canal, por onde circula até 12% do tráfego marítimo global.
Com uma extensão de 193 quilômetros, a obra, que conecta os mares Mediterrâneo e Vermelho, é a rota marítima mais curta entre a Ásia e a Europa e a travessia mais rápida entre os oceanos Atlântico e Índico.
O Egito é um dos países mais afetados pela situação no Mar Vermelho como consequência dos ataques do grupo rebelde iemenita Ansar Allah, mais conhecido como movimento houthi, contra navios ligados a Israel e seus aliados, embora transportes de muitos países e empresas também tenham sido atingidos.
Os insurgentes afirmam que suas operações perto do estratégico estreito de Bab Al-Mandeb são uma retaliação pela agressão contra a Faixa de Gaza, que em dois anos causou a morte de mais de 68 mil palestinos.
Essas incursões dispararam os fretes e os seguros das companhias marítimas, muitas das quais decidiram mudar a rota e contornar o sul do continente africano, embora esse trajeto tenha aumentado os custos e o tempo de travessia.
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