Sinto-me honrado pela confiança depositada pelos meus colegas e, acima de tudo, pela oportunidade de continuar o trabalho de Víctor Fernández — presidente da associação francesa falecido em julho — e do nosso presidente honorário e fundador, Roger Grevoul, comentou Pascual à Prensa Latina.
Nas suas declarações, ele destacou o objetivo de seguir o caminho traçado pela CubaCoop nas suas três décadas de existência, nas quais se dedicou à colaboração descentralizada na nação antilhana, com diversos projetos de alcance nacional e local, em áreas tão diversas como segurança alimentar, energia, água, saneamento, cultura e esporte.
Cuba enfrenta uma situação muito difícil como consequência do bloqueio dos Estados Unidos, mas posso garantir que não vamos desistir e, na nossa Assembleia Geral, realizada ontem, acordamos estratégias de cooperação e novas ações, afirmou.
Segundo Pascual, uma das prioridades estabelecidas é apoiar um projeto de inclusão social, que ele considerou muito bonito, impulsionado pela instituição religiosa espírita cubana Quisicuaba, cujo líder, o deputado Enrique Alemán, expôs ontem na Assembleia da organização, acompanhado pelo embaixador da ilha na França, Otto Vaillant.
A iniciativa identifica pessoas vulneráveis e ajuda-as em setores que vão desde a alimentação e a saúde até ao alojamento, roupa e calçado, com o objetivo de as reintegrar na sociedade.
Esperamos estar à altura, mas não só nós, porque a nossa intenção é somar ao projeto outras associações na França para trabalharmos juntos e continuarmos esta luta contra um bloqueio que já dura mais de 60 anos, explicou o presidente da CubaCoop.
Pascual assinalou que, face aos recursos limitados da organização criada em 1995, foram definidas prioridades de cooperação e solidariedade com a nação antilhana, com base nas suas exigências e necessidades.
Nesse sentido, mencionou uma iniciativa de apoio à província de Cienfuegos e a continuidade do envio de leite em pó para crianças cubanas, com um terceiro contentor previsto antes do final do ano com 10 toneladas, destinado a um hospital de Havana.
Já estamos a trabalhar na campanha de angariação de fundos para o envio de um quarto contentor em 2026, acrescentou.
Ele também destacou o compromisso de apoiar, na medida das possibilidades da CubaCoop, a recuperação do sistema elétrico da ilha, particularmente afetado pelo bloqueio dos Estados Unidos, com ações como a compra de peças de reposição para centrais geradoras.
A água e o saneamento, uma das áreas fortes e tradicionais da cooperação com Cuba, e a cultura continuarão igualmente na agenda, de acordo com as declarações do recém-eleito presidente.
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