Sexta-feira, Outubro 17, 2025
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Presidente sudanês coordena posições com homólogo egípcio

Cartum, 16 out (Prensa Latina) A guerra civil no Sudão e a posição comum sobre a barragem construída pela Etiópia no rio Nilo e n e foram os temas centrais da agenda dos mandatários sudanês e egípcio, segundo relatos divulgados hoje aqui.

O encontro entre o presidente egípcio, Abdel Fattah el Sissi, e o general Abdel Fattah a Burhan, presidente do Conselho Soberano de Transição (CST) sudanês, examinou o impacto da barragem etíope e concluiu que ela provocou as recentes inundações em seus respectivos países, de acordo com resumos de fontes oficiais aqui.

A construção da Grande Barragem Renascimento tem todos os indícios de se tornar um conflito entre Cairo e Adis Abeba, uma vez que o primeiro depende das águas do Nilo para sua economia e para o consumo de uma população que cresce a cada dia.

Os etíopes garantem que a barragem não prejudicará de forma alguma os direitos e as necessidades egípcias.

Sobre o conflito sudanês, embora de forma implícita, o Egito apoia o CST na guerra de dois anos e meio com a milícia Forças de Apoio Rápido (RSF), liderada pelo general Mohamed Handan Dagalo, que, segundo fontes oficiais, recebe armas e drones dos Emirados Árabes Unidos, cujas autoridades refutam qualquer envolvimento.

Meses atrás, as RSF anunciaram a integração de um governo que governará nas zonas sob seu controle, mas suas possibilidades de influência foram dissipadas pela União Africana, que instou a não reconhecer esse gabinete paralelo.

A guerra civil sudanesa provocou a maior crise de refugiados da história, com 14 milhões de deslocados, além de 24 mil mortos, um número superior de feridos e a devastação deste país do nordeste africano.

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