Quarta-feira, Dezembro 31, 2025
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Guatemala projeta crescimento moderado das exportações

Cidade da Guatemala, 31 de dez (Prensa Latina) A Agência Guatemalteca de Exportações (Agexport) projeta hoje que fechará 2025 com um aumento de 6,0% nas exportações e de 5,0% para o próximo ano.

O aumento dos custos operacionais, seja por tarifas imprevistas ou por aumentos salariais não vinculados a ganhos de produtividade, prejudica a vantagem competitiva, explicou o diretor-geral da agência, Amador Carballido.

Isso obriga as empresas a serem menos atrativas nos mercados internacionais e coloca em risco o investimento e o emprego, enfatizou o dirigente.

Ele negou que o país possa continuar sem uma política salarial que se torne um mecanismo estável e técnico, com análises periódicas dos fatores que influenciam sua determinação e o crescimento econômico.

A Agexport identificou leguminosas e hortaliças como os produtos mais impactados em seu crescimento, com quedas de -8% neste ano e -7% em 2026, devido a condições climáticas adversas, regulamentações, custos e volatilidade dos preços globais.

Além disso, a aquicultura e a pesca contraíram 3% este ano, atribuído à concorrência regional, às condições ambientais e aos altos custos de produção.

A Agexport também mencionou diversos produtos agrícolas, que apresentam declínios devido às pressões climáticas e às exigências fitossanitárias mais rigorosas.

Incluiu ainda o setor de vestuário e têxteis, cujos valores refletem uma queda de 1% em 2025 e crescimento zero em 2026, indicando uma perda de competitividade.

De acordo com estudos da Agexport, o desempenho das exportações demonstra pressões acumuladas que vêm afetando a capacidade produtiva do país há anos.

Citou a volatilidade climática e os choques externos que continuam a impactar o setor agrícola, particularmente leguminosas, hortaliças e outras culturas sensíveis.

Observou também os custos logísticos que reduzem a capacidade de competir com países que possuem infraestrutura mais eficiente.

Acrescentou ainda o aumento dos custos internos, incluindo o reajuste do salário mínimo previsto para 2025, os custos de energia, os custos de frete, a congestão portuária e a deterioração da infraestrutura, entre outros.

Por fim, ele levantou a questão da perda de dinamismo em setores que geram empregos em massa, como o de vestuário e têxtil.

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