Ele refere que o governo e o Ministério das Relações Exteriores temem que as tensões continuem aumentando, embora considerem improvável um possível conflito armado, mas não impossível. Para evitar qualquer ação, insiste no diálogo.
Diplomatas brasileiros em ambos os países procuram dialogar para avaliar a situação e acalmar os ânimos.
Na segunda-feira, um terceiro petroleiro ligado à Venezuela foi interceptado pelos Estados Unidos, segundo a mídia internacional, embora a Casa Branca não tenha confirmado o fato.
Tais ações, aponta a UOL, irritaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca um papel conciliador.
Em um discurso na cúpula do Mercado Comum do Sul, realizada no sábado, ele alertou que “uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo”. Segundo diplomatas brasileiros, trata-se tanto de uma questão de soberania quanto de proximidade.
Além de a Venezuela ter uma das fronteiras terrestres mais extensas com o Brasil, membros do Ministério das Relações Exteriores apontam que tudo se resume a um precedente: se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentar e conseguir invadir militarmente um país sul-americano, o que garante que ele não faça o mesmo com outros? Argumentam.
Lula já abordou pessoalmente o assunto com os dois chefes de Estado. Este mês, ele convocou a paz no continente em telefonemas para Trump e para o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que a apreensão de navios de outro país pelos Estados Unidos constitui uma grave violação do direito internacional, e o Irã prometeu ajuda ao país após as apreensões.
O fundador do Partido dos Trabalhadores, atualmente no poder, só quer evitar um conflito em seu próprio território, mas, por enquanto, nada está decidido, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores.
A UOL prevê que não se descarta outra ligação telefônica entre Lula e Trump este ano, e espera-se que membros do governo brasileiro continuem viajando a Caracas para avaliar a situação.
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