Sábado, Dezembro 20, 2025
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Cuba em situação favorável no combate às arboviroses

Havana, 20 dez (Prensa Latina) Cuba desfruta atualmente de uma situação epidemiológica favorável no combate às arboviroses, após uma redução de 21% nos casos febris notificados na última semana.

Em coletiva de imprensa em Havana, a vice-ministra da Saúde Pública (MINSAP), Carilda Peña, também destacou uma queda significativa nos casos graves e críticos em todo o país.

Peña acrescentou que, nas últimas sete a dez semanas, a nação caribenha tem apresentado uma diminuição nos casos de síndrome febril inespecífica, sintoma característico das arboviroses, ou vírus transmitidos por artrópodes.

Cuba, acrescentou ela, está vivenciando uma situação epidemiológica interessante, visto que a dengue apresenta um padrão endêmico. Em certos períodos do ano, fatores como temperatura, umidade e a localização geográfica do país, que caracterizam o clima, contribuem para o aumento do mosquito Aedes aegypti, principal vetor transmissor da doença, e, consequentemente, para o aumento dos casos.

A este respeito, o médico destacou a diminuição dos índices de infestação por mosquitos no país, abaixo de 50%, após uma série de ações de controle vetorial realizadas em âmbito nacional com a participação da população e de outros atores sociais para controlar o mosquito transmissor e, assim, reduzir o número de casos.

Segundo Peña, o país registrou uma queda de 12,3% nos casos diagnosticados de chikungunya na última semana, enquanto os casos de dengue oscilaram entre 14% e 15%.

Atualmente, a ilha contabiliza 55 óbitos por essas arboviroses, sendo 37 causados ​​por chikungunya e 18 por dengue. A maioria dos falecidos são menores de 18 anos.

A autoridade lembrou que, por volta de julho, o vírus chikungunha foi introduzido no Conselho Popular da Espanha Republicana, no município de Perico, na província de Matanzas, no oeste do país. Atualmente, esse vírus circula em mais de 119 países em todo o mundo, incluindo um número significativo de nações da região.

Ela acrescentou que, dado o alto risco associado à presença dessa doença, essa introdução levou a um aumento no número de casos em outras regiões do país. Esse aumento está relacionado, de certa forma, às altas taxas de presença do vetor e ao período de maior fluxo de turistas cubanos durante as férias de julho e agosto. Com uma população que nunca havia enfrentado uma situação desse tipo, ocorreu transmissão local, que se espalhou inicialmente para outras províncias do país. Até o momento, todas as províncias cubanas foram afetadas e mais de 90% do território registraram casos diagnosticados de chikungunya nesse período, explicou.

O Dr. Ailuj Casanova, Diretor Geral de Assistência Médica do Ministério da Saúde Pública (MINSAP), afirmou que Cuba está caminhando para a estabilidade no combate à chikungunya.

“As síndromes febris inespecíficas diminuíram consideravelmente e, da mesma forma, o número de pacientes graves e críticos diminuiu em todas as regiões”, disse o médico, destacando as medidas de saúde implementadas na atenção primária para lidar com a situação epidemiológica.

Ele também ressaltou a cobertura médica alcançada e a pesquisa realizada por estudantes de medicina, bem como a organização dos serviços hospitalares, com mais de 4.000 leitos dedicados a pacientes com síndrome febril inespecífica e 800 leitos em unidades de terapia intensiva para pacientes graves e críticos.

jha/abm/bj

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