O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que a decisão dos EUA viola o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, além de prejudicar a soberania, a segurança e a integridade territorial do país.
Guo destacou que essas ações enviam sinais errados às forças separatistas que defendem a “independência de Taiwan” e prejudicam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.
O porta-voz enfatizou que o apoio externo à secessão “só terá efeito contrário para aqueles que a promovem” e reiterou que usar Taiwan para conter a China não terá sucesso.
Ele acrescentou que a questão de Taiwan está no cerne dos interesses fundamentais da China e é a primeira linha vermelha que não deve ser cruzada nas relações bilaterais com os Estados Unidos.
Na mesma aparição, Guo respondeu a relatos sobre um acordo do Ministério da Defesa japonês para o destacamento de um radar móvel e pessoal militar para uma ilha no leste de Okinawa a partir de 2026.
O porta-voz indicou que, embora os países desfrutem de liberdade de navegação e sobrevoo sob o direito internacional, as tendências de segurança do Japão geram preocupação regional devido ao seu histórico de militarismo.
Guo salientou que Tóquio reforçou os destacamentos militares perto de Taiwan e agora pretende expandir a vigilância, o que ele considerou uma provocação e um pretexto para a expansão militar.
Ambas as posições surgem em meio a uma crise diplomática entre Beijing e Tóquio, agravada após declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan.
A questão desta ilha do sul é uma das linhas vermelhas que não devem ser cruzadas nas relações com a China, e o governo tem denunciado repetidamente o uso de Taipei pelos Estados Unidos e outros países como meio de conter o gigante asiático ou manter uma mentalidade de Guerra Fria.
Atualmente, 183 nações, incluindo os Estados Unidos e o Japão, apoiam a política de Uma Só China.
No passado, Beijing tomou medidas e impôs sanções a várias empresas e indivíduos americanos por seu envolvimento na venda de armas para Taiwan.
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