Quarta-feira, Dezembro 17, 2025
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Cuba condenou na ONU as ameaças dos EUA contra a Venezuela

Nações Unidas, 17 dez (Prensa Latina) Cuba ratificou sua vocação inabalável em defesa da paz e condenou as ameaças do governo dos Estados Unidos contra a Venezuela, incluindo o extraordinário envio de tropas ao Caribe sob o falso pretexto da luta contra as drogas.

Durante o recente debate aberto do Conselho de Segurança sobre “Manutenção da paz e da segurança internacionais: liderança para a paz”, o encarregado de negócios a.i. da Missão Permanente de Cuba junto às Nações Unidas, embaixador Yuri Gala, denunciou a persistente interferência no espaço aéreo da Venezuela.

O diplomata cubano lamentou, além disso, as campanhas de guerra psicológica e de desacreditação contra esse país, bem como outras ações que também constituem violações flagrantes da Carta da ONU e do Direito Internacional, como as medidas coercitivas unilaterais e o estrangulamento econômico.

Ao expressar, em nome de seu país, a solidariedade ao povo e ao governo da Venezuela, Gala denunciou que, em 10 de dezembro passado, forças militares dos Estados Unidos assaltaram um navio petroleiro em águas internacionais.

Tal fato “representa um ato de pirataria e terrorismo marítimo que constitui uma grave violação do Direito Internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e a Convenção para a Repressão de Atos Ilícitos contra a Segurança da Navegação Marítima”, sublinhou o embaixador. Ele alertou que essas ações fazem parte da escalada dos Estados Unidos para impedir o direito legítimo da Venezuela de usar e comercializar livremente seus recursos naturais com outras nações, incluindo o fornecimento de hidrocarbonetos a Cuba.

Ele acrescentou que essas ações têm repercussões negativas em Cuba e intensificam a política de pressão máxima e asfixia econômica dos Estados Unidos, com impacto direto no sistema energético nacional e, consequentemente, na vida cotidiana de nosso povo.

“Esse ato evidente de aplicação do corolário Trump da Doutrina Monroe viola a Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz e exige a condenação universal”, enfatizou Gala.

Ele opinou que falar atualmente “de liderança para a paz obriga, inevitavelmente, a pensar na Palestina e condenou o genocídio de Israel contra o povo palestino, com a cumplicidade e impunidade que lhe é concedida pelo governo dos Estados Unidos”.

Por sua vez, ele ressaltou que a nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos valida a perigosa doutrina da “paz através da força”, o que reflete os enormes desafios que a humanidade enfrenta, em particular a região da América Latina e do Caribe.

O embaixador observou que “não se pode falar em liderança para a paz enquanto continuarem a ser aplicadas medidas coercivas unilaterais contra Estados soberanos como armas de pressão política, tal como acontece com o recrudescimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra o nosso país”.

oda/dfm/bm

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