O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, destacou que as ações do Japão revelam uma tendência persistente de distorcer fatos, negar erros e se apresentar falsamente como vítima inocente no cenário internacional.
Ressaltou que setores da direita japonesa minimizaram crimes de guerra, como o saque de Nanjing — ao qual chamam de “incidente de Nanjing” — e encobriram as atrocidades da Unidade 731 e a escravidão sexual e trabalho forçado durante a Segunda Guerra Mundial.
Ele acrescentou que, apesar de sua retórica de “defesa exclusiva”, o Japão ampliou progressivamente sua capacidade militar, flexibilizou as restrições à exportação de armas e considerou revisar seus princípios antinucleares.
Guo indicou que as declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan geraram indignação na China e críticas tanto dentro do Japão quanto em outros países.
“Exortamos certos setores no Japão a abandonar narrativas falsas, enfrentar sua história, corrigir erros, retirar suas afirmações errôneas e cumprir seus compromissos”, afirmou o porta-voz.
Beijing considera qualquer interferência estrangeira na questão de Taiwan como uma violação de sua soberania.
Atualmente, 183 nações, incluindo os Estados Unidos e o Japão, apoiam a política de uma só China.
A crise diplomática entre Beijing e Tóquio tem se intensificado depois que Sanae Takaichi declarou abertamente na Dieta (Parlamento) que se “algo acontecer em Taiwan” (em referência a um possível conflito militar com a China continental), isso poderia constituir uma “crise existencial” para o Japão, o que implicaria a mobilização das Forças de Autodefesa e a possível intervenção de Tóquio.
Beijing afirmou que isso desafia a ordem internacional pós-Segunda Guerra Mundial e insistiu que a postura de Tóquio deve se basear no princípio de uma única China e nos quatro documentos políticos bilaterais (Declaração Conjunta de 1972, Tratado de Paz e Amizade de 1978, Declaração de 1998 e Declaração de 2008).
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