Quarta-feira, Dezembro 17, 2025
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África do Sul lança estratégia urgente para proteger a infância

Pretória, 16 dez (Prensa Latina) O governo sul-africano aprovou uma estratégia nacional para acelerar ações que garantam os direitos e o desenvolvimento das crianças, diante de índices alarmantes de pobreza e violência.

Em seu comunicado semanal, o presidente Cyril Ramaphosa alertou que, apesar dos avanços democráticos, cerca de metade das crianças do país vive na pobreza e enfrenta abusos, negligência e problemas de saúde.

A Estratégia Nacional para Acelerar a Ação em Favor da Criança (NSAAC) será implementada por meio do quinto Plano de Ação Nacional (2025-2030) e busca mobilizar todos os setores sociais.

“A melhor maneira de garantir o futuro do nosso país é investir na saúde e no bem-estar de suas crianças”, afirmou o presidente.

Embora a pobreza infantil tenha diminuído de 69% em 2006 para 49% em 2023, as crianças continuam sendo o grupo populacional mais afetado, com a taxa mais alta em comparação com qualquer outra faixa etária, acrescentou o presidente.

A nova estratégia identifica dez prioridades nacionais alinhadas com as etapas-chave do desenvolvimento, com foco especial em adolescentes e crianças com deficiência.

Em sua carta, Ramaphosa destacou a desnutrição materna e infantil como um problema crítico que prejudica a saúde, a educação e as perspectivas de vida a longo prazo.

“Devemos quebrar esse efeito dominó”, insistiu.

O presidente também classificou os crimes contra menores como uma crise nacional, lembrando que, no último ano fiscal, foram relatados mais de 26 mil casos de abuso e negligência, a maioria por agressões sexuais. “A experiência das crianças hoje determinará o bem-estar social e econômico de nossa nação nos próximos vinte anos”, alertou.

No texto, Ramaphosa identificou o setor empresarial e o movimento sindical como aliados fundamentais, cujos recursos e redes logísticas podem apoiar programas de primeira infância, além de defender melhores condições para pais e mães que trabalham.

“Pelo bem do nosso futuro comum, devemos trabalhar juntos para que nossas crianças e jovens cresçam, prosperem e sejam felizes”, concluiu o presidente.

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