Em seu discurso, a candidata da esquerda, do progressismo e da Democracia Cristã alertou que nesta eleição estão em jogo questões muito importantes, como o aumento das aposentadorias em janeiro, a lei das 40 horas semanais e a impunidade para os violadores dos direitos humanos.
“Não pode haver retrocesso em nosso país. O Chile precisa de certezas, precisa de futuro, precisa de esperança”, disse Jara, referindo-se ao programa de seu rival, José Antonio Kast, do Partido Republicano de extrema direita, que questiona algumas conquistas.
A candidata destacou os eixos de seu programa, como alcançar uma renda vital de 750 mil pesos (805 dólares) para os trabalhadores, uma melhor redistribuição da riqueza e acabar com o sigilo bancário para perseguir a rota do dinheiro sujo.
Mas ela também anunciou novas propostas, como a ideia de apresentar ao Congresso uma reforma no sistema de nomeação de juízes para, dessa forma, combater a corrupção.
Ela também afirmou que, caso seja eleita, promoverá nos primeiros 100 dias de governo o mesmo número de intervenções nos bairros para desmantelar pontos de venda e armazenamento de drogas, recolher as armas que estão nas ruas e recuperar os imóveis ocupados.
A candidata fez um apelo aos seus apoiadores para que, nos dias que faltam antes das eleições de domingo, conversem com os indecisos.
“Quero dizer aos que têm dúvidas, aos indecisos, inclusive aos que votam em outro candidato, que sou chilena e bem chilena, mas daquelas que trabalham diariamente, daquelas que levam a família e o país adiante”, afirmou. Jeannette Jara ficou em primeiro lugar nas eleições do último dia 16 de novembro, como previam as pesquisas, mas no segundo turno as pesquisas apontam para uma vitória de Kast.
A candidata do progressismo continuará nesta quinta-feira sua turnê pelas regiões, com atividades em Ovalle e o encerramento da campanha na cidade de Coquimbo.
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