Desde janeiro de 2025, mais de 64.000 pessoas foram afetadas pela doença, com quase 1.900 mortes registradas, crianças representam uma parcela significativa dos infectados e mortos, com 14.000 e 340 óbitos, respectivamente.

Segundo o UNICEF, uma em cada quatro crianças congolesas foi afetada pela cólera. Como exemplo da gravidade da crise, a organização citou o fato de que 15 crianças morreram em uma única casa comunitária em Kinshasa.

A falta de água potável e de infraestrutura sanitária continua sendo a principal causa da epidemia, observou o relatório da organização, mencionando outros fatores que complicam a situação, como conflitos, deslocamentos, chuvas intensas e urbanização desordenada.

Eles também citaram a falta de informação e as demoras no acesso a cuidados médicos, que contribuem para o aumento das taxas de mortalidade.

O UNICEF indicou que, apesar do Plano Multissetorial para a Eliminação da Cólera e da iniciativa Rio Congo Livre de Cólera, os recursos para conter a epidemia são insuficientes.

Acrescentaram que a agência da ONU apoia intervenções emergenciais, melhorias na higiene pública e ações direcionadas em áreas com alta incidência da doença, mas seu financiamento é insuficiente até 2026, daí o apelo ao governo e aos parceiros internacionais para que aumentem urgentemente seu apoio a fim de evitar mais perdas de vidas. mem/kmg