Esta coprodução entre Colômbia, Alemanha e Suécia se destaca na seção Concurso Latino-Americano do evento e sua trama gira em torno de Óscar Restrepo, cuja obsessão pela poesia não lhe trouxe nenhuma glória.
Conhecer Yurlady, uma adolescente de origem humilde, e ajudá-la a cultivar seu talento traz um pouco de luz aos seus dias, mas arrastá-la para o mundo da poesia talvez não seja o caminho certo, destaca a sinopse.
Em uma entrevista publicada no site oficial do Festival de Cannes, o diretor afirmou ter chegado a um ponto em que sentiu que precisava encontrar a estabilidade financeira que o cinema não lhe proporcionava.
Ele pensou, disse, em se dedicar totalmente ao seu outro trabalho, o de professor. No entanto, imaginar-se no futuro nessa profissão não lhe parecia um cenário muito favorável.
Foi então que decidiu fazer um filme sobre a pior versão de si mesmo daqui a alguns anos, para evitar se tornar um daqueles veteranos frustrados que vivem de suas memórias.
Ele queria fazer isso por meio da comédia, para rir um pouco de si mesmo e dos dilemas da arte, explicou.
O universo dos poetas em Medellín sempre me pareceu bastante interessante e divertido, então achei que seria um filme mais convincente se fosse sobre um poeta, destacou.
Quando questionado sobre o que gostaria que as pessoas lembrassem do seu filme, ele respondeu: Na Colômbia, as pessoas não confiam muito nos filmes que nós, cineastas colombianos, fazemos, então eu quis me aproximar do nosso público sem comprometer a narrativa nem os valores artísticos do filme.
Com o slogan “Rodando cine” (Filmando cinema), o festival promete cativar o público até 14 de dezembro com diversas iniciativas e a exibição de 222 filmes, dos quais 114 concorrem aos prêmios Coral e os demais em outras seções.
A grande festa da sétima arte na região é dedicada ao centenário de seu fundador, o eminente intelectual cubano Alfredo Guevara, e tem o México como país convidado de honra.
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