A candidata da esquerda e do progressismo, além da Democracia Cristã, realizará turnês por localidades do norte, centro e sul do país e prevê encerramentos de campanha na cidade de Coquimbo e na populosa comuna capitalina de Puente Alto.

Enquanto isso, o representante da extrema direita participará na quinta-feira de um evento em Temuco, capital da região de La Araucanía, além de continuar suas viagens pelo país.

Os dois se enfrentarão na terça-feira à noite no último debate convocado pela Associação Nacional de Televisão do Chile (Anatel) antes do segundo turno no domingo.

O encontro terá duração de cerca de duas horas e meia e os candidatos deverão abordar nove temas que ainda não foram revelados.

Kast e Jara passaram o fim de semana nas regiões do norte, onde reiteraram suas diferentes propostas para abordar a segurança nas fronteiras e a imigração.

Em um evento em Antofagasta, o candidato do Partido Republicano insistiu que os migrantes irregulares têm 94 dias para deixar o país ou, caso contrário, terão que sair com o que têm nas mãos.

Ele disse, além disso, que não vai regularizar as mais de 300 mil pessoas que estão nessa situação e que, se forem detectadas em um controle de trânsito, em um centro de saúde ou de educação, terão cinco dias para sair do território e não poderão mais voltar.

Em um evento em Iquique, Jara anunciou, por sua vez, a ideia de construir uma fronteira de caráter tecnológico para o rastreamento biométrico de pessoas e proceder com aqueles que têm antecedentes criminais ou sanções pendentes.

Assim se resolvem os problemas de controle de fronteiras e todas as apostas de construir um muro, uma vala, uma cerca ou colocar obstáculos físicos para que os migrantes irregulares não entrem no país não têm sentido na realidade, disse ele, em alusão às propostas de seu adversário.

Os discursos nas regiões do norte também tiveram como objetivo captar os votos dos apoiadores de Franco Parisi, do Partido da Gente, que, no primeiro turno das eleições, em 16 de novembro, ficou em terceiro lugar.

No próximo domingo, mais de 15 milhões de pessoas serão convocadas novamente às urnas para escolher o próximo presidente entre duas visões diferentes do país.

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