O congressista admitiu a possibilidade de abandonar essa intenção neste domingo, após assistir a um culto na Igreja Comunidade das Nações, em Brasília. Ele teria colocado um preço à sua pré-candidatura.
Ele insinua que retirará sua candidatura à Presidência somente se o Congresso Nacional aprovar uma anistia que beneficie seu pai, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe após as eleições de 2022.
De acordo com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, seu método seria o mesmo utilizado por seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, atualmente no exílio nos Estados Unidos.
O irmão Eduardo já chantageou todo o país com ameaças de sanções contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e tarifas contra o Brasil. (…) Agora tentam negociar uma anistia com o Centrão (tendência de centro) como condição para retirar a candidatura, disse ele.
Eduardo Bolsonaro é acusado perante o STF por coação à Justiça após ter articulado represálias do governo de Donald Trump contra ministros por causa do julgamento de seu pai por golpe de Estado.
A Defensoria Pública da União, que o representa, afirma que o deputado não teria poder para ser responsabilizado por tais retaliações.
Até o momento, Flávio Bolsonaro evitou responder diretamente quando questionado se a anistia para seu pai seria o preço para retirar sua pré-candidatura à presidência.
Está quente, está quente. Está começando a esquentar, disse ele, acrescentando que só revelaria isso nesta segunda-feira.
Embora tenha sido evasivo, o senador voltou a pressionar para que o perdão seja votado no Congresso Nacional esta semana.
Espero que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado cumpram o que nos prometeram quando ainda eram candidatos e deixem que a disputa seja definida na votação em plenário, que é o que sempre quisemos, afirmou.
Farias sustentou que seria uma “vergonha gigantesca se o Congresso Nacional aprovasse o perdão para satisfazer o descendente do ex-mandatário”.
Além disso, a anistia é inconstitucional, viola cláusulas inalteráveis, entre elas o próprio Estado democrático de direito. Enfim, é uma vergonha, mais um capítulo da desmoralização permanente da família Bolsonaro”, escreveu ele na rede social X.
mem/ocs/bm





