Quinta-feira, Dezembro 04, 2025
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Brasil: Bolsonaro poderá ter direito à liberdade condicional em 2037

Brasília, 4 de dez (Prensa Latina) O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que cumpre pena em regime fechado por seu envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, poderá ser transferido para um presídio semiaberto em 23 de abril de 2033 e ter direito à liberdade condicional em 13 de março de 2037.

Essa informação consta do mandado de prisão expedido esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Tribunal de Execução Penal (TEP) do Distrito Federal.

Condenado a 27 anos e três meses em regime fechado, sua pena tem previsão de término em 2052.

Bolsonaro começou a cumprir sua pena no final de novembro na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília.

O mandado de execução da pena foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 25 de novembro, quando Bolsonaro estava em prisão preventiva por desobediência a ordens judiciais.

No regime semiaberto, o indivíduo pode sair da unidade prisional durante o dia para estudar ou trabalhar, mas deve retornar à prisão à noite.

O certificado também indica que o regime semiaberto pode estar sujeito a alterações e depende do acompanhamento do cumprimento da pena, por exemplo, a prática de infrações pode atrasar o cumprimento da pena.

Além disso, pode haver redução da pena por meio de remissão (por trabalho, estudo ou leitura) ou por outros motivos que justifiquem a redução da pena (como transtornos mentais). A remissão da pena permite a dedução de um dia da sentença para cada três dias de trabalho ou estudo.

De acordo com o Serviço de Promotoria Especial, “as informações contidas neste certificado são extraídas do Sistema Informatizado desenvolvido a partir de guias de coleta e certidões de antecedentes criminais”.

Esses dados, acrescenta o TEP, podem estar sujeitos a alterações e não garantem a concessão automática de benefícios; portanto, uma análise processual de cada caso específico é essencial.

No entanto, a equipe de defesa de Bolsonaro anunciou que entrará com um novo pedido de prisão domiciliar humanitária no Supremo Tribunal Federal, devido às suas comorbidades.

O STF poderá conceder esse benefício ao presidente de extrema direita até o final do ano.

A prisão tem um efeito simbólico dentro do bolsonarismo (apoiadores do ex-presidente de extrema direita).

Grande parte do movimento político que surgiu em 2018 dependia de seu carisma pessoal e presença constante nas redes sociais. Seu confinamento limita essas ferramentas e levanta questões sobre quem assumirá a liderança da direita, especialmente com a proximidade das eleições de 2026.

Com todos os recursos legais esgotados e o caso considerado encerrado, Bolsonaro, de 70 anos, enfrenta um cenário sem possibilidade imediata de reversão.

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