Esta é a quarta visita de Estado à China desde o início do seu mandato, desta vez com foco em otimizar e equilibrar as relações de Paris e da União Europeia com Beijing com base no diálogo e na cooperação.

O pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Tian Dewen, disse ao The Paper que a visita terá um caráter pragmático e poderá gerar acordos nas áreas de comércio, energia, transporte e aeronáutica.

Ele acrescentou que ambas as partes trocarão opiniões sobre o conflito na Ucrânia e poderão chegar a um consenso de princípio por meio do diálogo.

De fato, de acordo com fontes oficiais da França, Emmanuel Macron solicitará esta semana na China o apoio do líder Xi Jinping às negociações em andamento para alcançar um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia.

A propósito da viagem de Estado à China, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, declarou que a potência asiática tem um papel essencial a desempenhar na busca pelo fim do conflito que eclodiu em fevereiro de 2022.

Contamos com a China, membro permanente, assim como a França, do Conselho de Segurança da ONU, para influenciar a Rússia e para que seu presidente, Vladimir Putin, aceite o cessar-fogo, explicou à emissora France Culture.

De acordo com a agenda prevista, Macron começará sua agenda com uma visita à Cidade Proibida desta capital e se reunirá com Xi amanhã e novamente na sexta-feira durante uma viagem a Chengdu, na província sudoeste de Sichuan.

A mídia francesa informou que nessa cidade há dois pandas gigantes cedidos pela China a um zoológico da França.

Os dois países comemoraram em 2024 os 60 anos de relações diplomáticas, enquanto que em 2025 se comemora o 50º aniversário das relações entre a China e a União Europeia, num contexto de tensões devido a disputas comerciais e desacordos geopolíticos.

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