Minh Chinh agradeceu à Prensa Latina pelo apoio prestado à VNA na formação de várias gerações de repórteres e editores de língua espanhola, muitos dos quais se tornaram posteriormente líderes desse meio de comunicação, disse ele, e destacou que os laços entre as agências também constituem um símbolo das relações especiais entre Cuba e o Vietnã.
A Prensa Latina, acrescentou, foi uma valiosa fonte de informação desde os tempos da guerra e apoiou e divulgou a causa da defesa e construção do Vietnã, bem como os sucessos alcançados por seu povo.
O chefe do governo ressaltou que a nação indochinesa nunca esquecerá o apoio da ilha à causa da independência nacional e ratificou que, em qualquer circunstância, o Vietnã estará sempre ao lado de Cuba.
Referindo-se à cooperação entre a Prensa Latina e a VNA, ele comentou que esta é particularmente estreita e sincera, e destacou a vontade de ambas as partes de criar as melhores condições para poder cumprir suas tarefas, em primeiro lugar, defender e divulgar a verdade, e oferecer informações precisas e oportunas.
Minh Chinh também se referiu aos resultados satisfatórios do projeto arrozeiro que especialistas vietnamitas desenvolvem na província cubana de Pinar del Río e confirmou que, além de ampliar a colaboração na produção de alimentos, o Vietnã contribuirá com Cuba na solução do problema energético e das telecomunicações.
Legañoa, por sua vez, transmitiu a Minh Chinh as condolências pelos graves danos causados na região central do país pelas recentes chuvas e inundações, e afirmou que “nossos povos estão unidos pela linguagem do amor”.
Não foi apenas o herói nacional José Martí que falou dos anamitas no século XIX, pois nos séculos XX e XXI “o Vietnã continua presente no coração dos cubanos”.
O presidente da Prensa Latina destacou que sua visita ocorre em um momento importante, quando se completam 65 anos do estabelecimento das relações diplomáticas, e ressaltou que 2026 também terá marcos significativos, entre eles os 65 anos da abertura da correspondência da Prensa Latina em Hanói e da VNA em Havana.
Anteriormente, em uma reunião de trabalho com a diretora da agência de notícias vietnamita, Vu Viet Trang, ambos concordaram com a necessidade de buscar as formas mais convenientes para promover a cooperação e enfrentar os grandes desafios da atualidade.
Nesse sentido, Legañoa explicou que a Prensa Latina está trabalhando no desenho de um roteiro para marcar as transformações necessárias para manter a agência “como símbolo da verdade”, tão necessária em tempos em que, infelizmente, o mundo se move a partir da manipulação da informação.
Nossas prioridades, detalhou, são fortalecer a infraestrutura tecnológica, modernizar o jornalismo que estamos fazendo e chegar aos nossos clientes com produtos informativos de alto valor agregado e reflexão política.
Viet Trang, por sua vez, destacou que a VNA realizará três tarefas estratégicas até 2030: acelerar a transição digital, concentrar-se na melhoria dos recursos humanos e obter novas fontes de receita que complementem a dotação estatal.
Por fim, Legañoa instou ao desenvolvimento de tecnologias próprias e linguagens comuns e lembrou uma frase do comandante Ernesto Che Guevara, que afirmou que “o socialismo não pode ser construído com as armas cegas do capitalismo”.
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