O pedido foi concretizado com a entrega, nesta terça-feira, na Casa Grande del Pueblo (sede do Executivo), de uma carta com uma lista de reivindicações dessa força afim ao primeiro dignitário indígena do Estado Plurinacional.
“A referida lista de reivindicações reflete as necessidades urgentes de nossas bases. Nesse sentido, e no âmbito do respeito institucional, solicitamos respeitosamente uma reunião de coordenação e trabalho”, expressa o documento, citado pela rede Erbol.
As reivindicações apresentadas referem-se à produção, saúde, educação, estradas, segurança pública e assistência para liquidar as consequências de desastres naturais, segundo o líder da Comunidade de Municípios do Trópico de Cochabamba, Limbert Cossío.
Por sua vez, a representante das mulheres da região, Vilma Colque, disse à Rádio Kawsachun Coca que a resposta do presidente será aguardada por duas semanas.
Ela acrescentou que, caso não a recebam, encaminharão sua petição ao vice-presidente, Edmand Lara.
“Ainda esperamos esse tempo para nos reunirmos e sentarmos para realizar essa reunião, porque também é nosso pedido, como deve ser”, afirmou.
Esclareceu, no entanto, que, se a resposta positiva se concretizar, Evo Morales não compareceria se ela fosse realizada fora dos limites do Trópico de Cochabamba.
Colque explicou que isso se deve ao objetivo de garantir a segurança do ex-mandatário, embora tenha indicado que os demais líderes do Chapare poderiam comparecer a uma convocação do governo.
Morales permanece refugiado no Trópico de Cochabamba desde outubro de 2024, protegido por vários cordões de segurança formados por milhares de seus seguidores, pois pesa sobre ele um mandado de prisão, em vigor desde suas contradições com o governo do ex-presidente Luis Arce.
O Ministério Público Departamental de Tarija, no sul da Bolívia, apresentou no final de outubro deste ano uma acusação formal contra ele pelo suposto crime de tráfico de pessoas agravado.
Este pedido de reunião com o presidente Paz por parte dos representantes do Trópico de Cochabamba surge após os encontros mantidos pelo dignitário nos seus primeiros 17 dias de mandato com grandes empresários do departamento de Santa Cruz.
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