Terça-feira, Novembro 25, 2025
NOTÍCIA

Uma mulher é assassinada a cada 22 horas no Equador

Quito, 25 nov (Prensa Latina) O Equador chega hoje ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres com um feminicídio a cada 22 horas, de acordo com um relatório da Fundação Aldea.

Nesse contexto, coletivos feministas sairão às ruas para denunciar a violência de gênero, algo que consideram que o Estado ignora.

“Nos reunimos para levantar uma única voz: unidade, justiça e resistência! Contra o abandono”, afirmou a ativista Cristina Cachaguay, da organização Mujeres por el Cambio (Mulheres pela Mudança).

O Equador atravessa o ano mais letal para mulheres e meninas, com 349 feminicídios entre janeiro e 15 de novembro de 2025, segundo divulgou a Fundação Aldea, que denunciou a falta de resposta do Estado ao problema.

Após uma análise dos casos, a organização não governamental apontou que o país vive uma “onda de feminicídios” paralela ao aumento geral da violência criminal.

Setenta e oito por cento dos crimes foram cometidos com armas de fogo, um indicador que, segundo o coletivo, reflete como o crime organizado usa os corpos femininos como “espólio de guerra”.

A Fundação Aldea afirmou que a violência de grupos armados, gangues e facções ligadas a economias ilegais coloca mulheres e meninas em maior risco, ao operar sob estruturas de poder que agem “como corporações armadas”.

Eles denunciam que o Estado não responde à magnitude da crise e acusam as instituições judiciais de permanecerem “adormecidas”, enquanto a violência se normaliza nos âmbitos familiar, comunitário e laboral.

A organização pediu ao governo que reconhecesse a real dimensão do problema, deixasse de “ocultar e invisibilizar” os números e garantisse justiça e reparação integral às pessoas afetadas.

npg/avr/bm

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