No evento, Wei Qiang, presidente do Capítulo Ibero-americano da Associação de Estudantes Retornados do Ocidente, pediu o fortalecimento ainda maior dos laços acadêmicos e culturais entre os dois países.
Destacou a “ressonância conceitual entre os dois países socialistas” e expressou seu desejo de promover conjuntamente atividades comemorativas que impulsionem a causa comum do desenvolvimento, da justiça e da soberania.
Por sua vez, o diretor do Arquivo Nacional, Liu Chengyong, reafirmou o compromisso chinês com o diálogo entre civilizações e a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, em linha com os postulados do presidente Xi Jinping.
Observou que, durante 65 anos, as duas nações cultivaram uma amizade baseada no respeito mútuo, na cooperação prática e na solidariedade ideológica.
Por ocasião da comemoração hoje do nono aniversário da morte do líder Fidel Castro, o embaixador cubano aqui, Alberto Blanco, lembrou que foi o Comandante em Chefe quem, em 2 de setembro de 1960, anunciou diante de uma multidão em Havana a decisão soberana de estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, tornando a ilha o primeiro país do hemisfério ocidental a fazê-lo.
Também destacou o legado de Fidel como “um promotor incansável da amizade entre Cuba e a China”.
Ressaltou ainda que, perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o líder cubano defendeu a inclusão da China no organismo internacional, antecipando claramente o papel central que Beijing desempenharia na governança global.
Blanco lembrou que Fidel Castro realizou duas visitas à China e que, nelas, expressou admiração pela “história fecunda, a cultura milenar, a laboriosidade do povo chinês, seus sucessos econômicos e sua estabilidade”.
Durante o evento, foram realizados painéis temáticos focados no intercâmbio cultural e no aprendizado mútuo entre civilizações, na divulgação do Manifesto Comunista e na modernização do marxismo, bem como na governança global da perspectiva da China.
Entre os palestrantes estavam acadêmicos chineses e cubanos, incluindo o ex-embaixador Zhang Tuo e a diretora do Instituto de Filosofia de Cuba, Georgina Alfonso.
A cerimônia também incluiu uma apresentação cultural com danças cubanas e leituras bilíngues de poemas, bem como uma cerimônia de doação de publicações, entre elas edições em chinês e espanhol da Constituição cubana, traduções do Julgamento de Moncada e a revista comemorativa Lookwe.
Desde 1960, as duas nações mantêm uma relação constante baseada nos princípios da solidariedade Sul-Sul e da cooperação em saúde, biotecnologia, educação, cultura, entre outros setores.
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