Na opinião de Vianka Morán, presidente da Associação Panamenha de Exportadores (APEX), trata-se da necessidade de olhar além dos Estados Unidos, país onde os produtos locais têm sido bem recebidos nos últimos anos, para atrair novos parceiros comerciais e consolidar a competitividade internacional.
Morán enfatizou a importância das missões comerciais e de eventos estratégicos, como a roda de negócios organizada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) em janeiro, que contará com a participação de mais de 120 compradores internacionais.
Também destacou a importância de incluir pequenos produtores, estudantes e a população em geral na discussão sobre planos e estratégias do setor exportador.
De acordo com dados da Direção Nacional de Promoção das Exportações do Ministério do Comércio e Indústrias (MICI), até agosto de 2025, 68,9% dos produtos panamenhos concentravam-se em 10 países, gerando US$ 671 milhões.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal comprador, seguidos por Taiwan, Países Baixos e Zona Franca de Colón, enquanto China, México, Índia, Costa Rica, Cuba e Espanha ocupam as posições seguintes.
O diretor nacional de promoção das exportações do MICI, Eric Dormoi, também elogiou as oportunidades que existem nos mercados internacionais para os produtos panamenhos, especialmente os não tradicionais, e pediu o setor a fortalecer as exportações existentes, aproveitar as vantagens sanitárias, segmentar investimentos, impulsionar a reexportação e diversificar os nichos com produtos selecionados.
As projeções do setor apontam que o país encerrará 2025 com um crescimento de 1,0% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 1,3 bilhão, com expectativas de um aumento mais significativo em 2026 graças à entrada oficial do Panamá no Mercado Comum do Sul (Mercosul), o que abrirá novas oportunidades para os produtos nacionais.
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