Domingo, Novembro 23, 2025
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Popularidade de Macron atinge o fundo pelo segundo mês consecutivo

Paris, 23 de nov (Prensa Latina) O presidente da França, Emmanuel Macron, registrou em novembro, pela segunda vez consecutiva, uma popularidade de apenas 16%, a mais baixa desde sua chegada ao Eliseu em 2017, revela hoje uma pesquisa.

De acordo com o barômetro mensal do Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP), divulgado pelo semanário Le Journal du Dimanche, o chefe de Estado se aproxima dos 13% de apoio que seu antecessor no cargo, o socialista François Hollande (2012-2017), alcançou, que detém o recorde de impopularidade nessas pesquisas.

Quanto à rejeição à gestão do presidente, ela subiu para 56%.

O diretor-geral do IFOP, Frédéric Dabi, considerou que o escasso apoio a Macron começa a “contaminar” outras figuras políticas do seu entorno, em particular o primeiro-ministro Sébastien Lecornu.

A pesquisa mostra o chefe do governo com 34% de satisfação entre as duas mil pessoas entrevistadas durante a semana que termina, quatro pontos a menos que em outubro.

A França continua marcada por crises políticas agudas e polarização, que em menos de um ano viram desfilar por Matignon quatro primeiros-ministros: o conservador Michel Barnier, derrubado em dezembro; o centrista François Bayrou, derrubado em setembro; e Lecornu por duas vezes, já que renunciou em outubro e Macron o renomeou alguns dias depois.

O cenário tenso se manifesta atualmente nas discussões sobre o projeto de orçamento para 2026, com sérias dúvidas de que o país possa contar, antes do final do ano, com as leis de Financiamento do Estado e da Previdência Social.

Os partidos considerados pela maioria governista como “extremistas”, La France Insoumise (esquerda) e Rassemblement National (extrema direita), não escondem sua intenção de conseguir eleições antecipadas, sejam elas legislativas ou presidenciais.

De fato, os insubmissos apresentaram duas vezes, sem sucesso, recursos parlamentares para destituir Macron, que garante que terminará seu segundo mandato constitucional em 2027.

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