Fundado pelo general Omar Torrijos em 1979, o PRD defende mudanças após o desastre nas eleições gerais de maio do ano passado.
De acordo com a direção do partido que levou Laurentino Cortizo (2019-2024) à chefia do Estado, uma das administrações mais questionadas, espera-se que sejam eleitos os substitutos para cinco dos dez cargos do Comitê Executivo Nacional (CEN) transitório.
Segundo versões jornalísticas, entre os nomes que surgem para aspirar à Secretaria Geral estão Balbina Herrera e Pedro Miguel González, este último ex-deputado e antigo titular desse cargo.
A organização política, a maior em número de membros, conta com 574 mil 709 inscritos até 18 de setembro de 2025, de acordo com dados do Tribunal Eleitoral que monitorará o processo.
O PRD governou o Panamá em várias ocasiões: em 1994 com Ernesto Pérez Balladares, que obteve 30% nas eleições daquele ano; em 2004 com Martín Torrijos, que obteve 47% nas eleições e nas últimas de 2019, que levaram Laurentino Cortizo à Presidência com 33%.
Sobre este novo processo, a Juventude do PRD, liderada por Hussein Pitty, apelou a repensar o rumo do coletivo e a assumir uma posição de firme oposição ao atual governo.
No pronunciamento, pede uma renovação sem remendos e um retorno às raízes torrijistas, adaptadas aos desafios do século XXI, fortalecendo a formação política e a democracia.
Eles também exigiram uma postura clara em relação ao atual governo, ao qual acusam de “tendências perigosas e ações autoritárias”.
Por outro lado, soube-se que o atual presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Jorge Herrera, aspirará à liderança do Partido Panameñista.
A nova diretoria também será eleita neste domingo para um período de 14 a 15 meses, até a reorganização definitiva do partido em 2027.
Com mais de 220 mil membros inscritos, o Panameñista continua sendo o quarto maior partido político do país e está há dois mandatos constitucionais na oposição.
Por sua vez, o Partido Popular (PP) realizará seu processo interno no próximo dia 13 de dezembro, no qual seis candidatos disputam a liderança nacional.
Com 21.348 membros, o PP continua sendo o coletivo com menor número de adeptos no país. Nas últimas eleições gerais, apresentou seu próprio candidato à presidência, o ex-presidente Martin Torrijos (2004-2009), ficando em terceiro lugar em número de votos.
No Panamá, as três jornadas eleitorais representam uma oportunidade de reorganização e redefinição estratégica para os partidos históricos, em um momento em que o panorama político nacional mostra sinais de renovação e busca por novas figuras de liderança.
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