A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, enfatizou a repulsa de Beijing a qualquer ato que viole os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e viole a soberania e a segurança de outros países. “Espera-se que os Estados Unidos realizem uma cooperação normal em matéria de aplicação da lei e judicial por meio de marcos legais bilaterais e multilaterais e que façam mais coisas que favoreçam a paz e a estabilidade na América Latina e no Caribe”, acrescentou a porta-voz.
Esta não é a primeira vez que Beijing expressa seu apoio ao povo e ao governo venezuelano em meio às crescentes tensões causadas pelas ameaças belicistas de Washington no Caribe.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse ontem que seu país está pronto para dialogar e defender a paz, mas também preparado para qualquer contingência.
Durante uma conversa com o renomado intelectual Ignacio Ramonet, o mandatário afirmou que todas as forças populares, sociais, políticas, militares e policiais do país foram exortadas a não cair em provocações em nenhum momento.
“Mas se eles querem vir matar um povo cristão aqui na América do Sul, nós chamamos nossos cidadãos a se mobilizarem com fervor patriótico, o que é nosso direito legítimo e soberano”, disse o dignitário.
Ele também fez alusão à nova narrativa empregada por Washington: a do suposto narcoterrorismo, “tão mentirosa quanto as anteriores”.
Sobre a agressividade dos Estados Unidos, ele a considerou uma tentativa de reposicionar essa nação em um contexto geopolítico muito alterado desde a afirmação da potência da China e o surgimento dos Brics (formado por nações como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Em sua opinião, a hegemonia global exercida por Washington é cada vez mais questionada por essas potências emergentes.
“Nesse novo contexto”, explicou, “a decisão da Casa Branca e do Pentágono é reforçar primeiro o teatro de segurança mais próximo do território americano, ou seja, a América Latina e o Caribe, seu antigo ‘quintal’”.
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