Sábado, Novembro 15, 2025
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Marcha Global pelo Clima na cidade amazônica brasileira de Belém

Belém, 15 nov (Prensa Latina) Movimentos sociais e grupos de base planejam reunir milhares de pessoas nas ruas desta cidade amazônica brasileira hoje para a chamada Marcha Global pelo Clima, coincidindo com a COP30.

A manifestação reunirá membros da Cúpula dos Povos e da COP das Baixadas (uma rede ativa de organizações, artistas e líderes comunitários) e ocorrerá paralelamente às atividades e eventos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

São esperados participantes de organizações de todos os continentes, bem como uma forte representação de comunidades do estado do Pará.

Ao final da marcha, espera-se a publicação de uma carta da Cúpula dos Povos, resumindo uma série de reivindicações, como a demarcação de territórios tradicionais e a necessidade de financiamento para uma transição justa para uma economia de baixo carbono.

Da mesma forma, será incluída a convocação de ações efetivas para adaptação às mudanças climáticas e mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Os organizadores indicaram que, após ter sido realizada nos últimos anos em países com diferentes sistemas políticos, a COP30 em Belém volta a contar com uma presença significativa da sociedade civil.

Ressaltaram que, ao longo desta semana, por exemplo, ocorreram diversas manifestações na cidade. Em uma delas, indígenas e ativistas entraram em confronto com seguranças na Zona Azul, área oficial de negociações.

Comunidades mineradoras também marcharam pelas ruas de Belém exigindo o reconhecimento de seu papel na proteção das florestas.

O povo indígena Munduruku, que sofre com a pressão da mineração ilegal e do agronegócio no coração da Amazônia, conseguiu se reunir com autoridades brasileiras após uma manifestação na entrada principal da COP30.

As mesmas fontes confirmam que a mobilização de sábado contará com a participação de líderes indígenas, amazônicos e comunitários, representantes de autoridades públicas e privadas, e organizações nacionais e internacionais.

Durante a marcha, estão previstas atividades culturais, como oficinas de confecção de faixas e cartazes, bonecos infláveis ​​gigantes com personagens do Comitê da COP30 e a Procissão do Visagento, um desfile simbólico da cultura paraá que destaca figuras folclóricas como a Curupira, espírito guardião da floresta.

O tema deste ano é “Luta e resistência contra os predadores da vida disfarçados de progresso”, em referência aos impactos ambientais das catástrofes climáticas.

A marcha começará no Mercado de São Brás e terminará na Vila Amazônica.

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