Quinta-feira, Novembro 13, 2025
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China rejeita interferência dos ministros do G7 em assuntos internos

Beijing, 13 de nov (Prensa Latina) A China rejeitou hoje a declaração do G7 sobre o alegado aumento de seu poderio militar e nuclear, classificando-a como uma distorção destinada a desacreditar o país asiático e a prejudicar a estabilidade regional.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que a declaração dos ministros das Relações Exteriores do grupo “ignora os fatos, confunde o certo com o errado e constitui uma interferência flagrante nos assuntos internos da China”.

Ele enfatizou que a questão de Taiwan é um assunto interno e que sua resolução é de responsabilidade exclusiva do povo chinês, sem intervenção externa.

O porta-voz acrescentou que a situação no Mar da China Meridional “permanece estável” e instou o grupo a “parar de usar questões marítimas para provocar disputas e minar a paz regional”.

Em relação ao conflito na Ucrânia, Lin afirmou que a China “nunca forneceu armas letais a nenhum dos lados” e mantém um controle rigoroso sobre bens de dupla utilização.

Ele também reiterou a política de defesa do país, que descreveu como “estritamente defensiva”, e especificou que o nível de seu arsenal nuclear “é mantido no mínimo necessário para a segurança nacional”.

O porta-voz criticou o G7 por “permanecer em silêncio sobre a responsabilidade especial dos Estados Unidos pelo desarmamento nuclear” e por “ignorar os riscos de proliferação gerados pela aliança Aukus”.

Além disso, Lin explicou que as medidas de controle de exportação da China estão em consonância com as práticas internacionais e visam salvaguardar a paz e a estabilidade globais, bem como cumprir os compromissos internacionais do país.

Ele também rejeitou as acusações de “excesso de capacidade produtiva” e “práticas antimercado”, classificando-as como “falsas e infundadas”. “O G7 deve abandonar sua mentalidade de Guerra Fria, parar de manipular questões relacionadas à China e de interferir em seus assuntos internos, e, em vez disso, contribuir para a cooperação e a unidade internacional”, exortou Lin.

Este grupo é composto por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, países que recentemente realizaram uma reunião de seus ministros das Relações Exteriores focada em questões de segurança global e na situação na região da Ásia-Pacífico.

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