“O Acordo de Paris está alcançando avanços reais, mas precisamos acelerar o ritmo na Amazônia”, escreveu o alto funcionário em seu perfil no LinkedIn, destacando que os fenômenos extremos registrados nos últimos meses são uma evidência do impacto crescente do aquecimento global.
Entre esses eventos, ele mencionou o furacão Melissa, que devastou o Caribe, os supertufões que devastaram o Vietnã e as Filipinas, e o tornado que recentemente atingiu o sul do Brasil, considerado um dos mais intensos da história do país.
Stiell precisou que a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), que será realizada em Belém, de segunda-feira até 21 de novembro, deve alcançar três resultados fundamentais para manter viva a meta do Acordo de Paris: limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius.
Em primeiro lugar, ele destacou a necessidade de enviar um sinal claro ao mundo: que as nações mantêm seu compromisso com a cooperação climática e estão dispostas a chegar a resultados sólidos em todas as questões-chave.
Em segundo lugar, pediu a aceleração da implementação de medidas de transição ecológica em todos os setores das economias, desde a energia e a agricultura até a indústria e o transporte.
E, como terceiro ponto, destacou a importância de conectar a ação climática com a vida real das pessoas, para que seus benefícios se traduzam em crescimento econômico sustentável, empregos dignos, menos poluição e melhor saúde pública.
“Trata-se também de garantir uma energia mais acessível e segura para todos”, observou Stiell, insistindo que a justiça climática deve ser o núcleo do novo pacto ambiental global.
O responsável pela ONU-Clima lembrou que esta será sua quarta COP desde que assumiu o cargo e que, em todas as edições, os países conseguiram superar diferenças para avançar juntos.
“Então, vamos continuar levando adiante o trabalho”, concluiu Stiell, em uma mensagem que busca reavivar a confiança internacional e preparar o terreno político para uma conferência marcada pela urgência, pelas desigualdades e pela esperança de um consenso possível.
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