Al-Shawa afirmou que os palestinos “continuam a sofrer enormemente como consequência das repercussões da guerra” e da escassez de produtos essenciais.
A este respeito, ele revelou que o enclave costeiro precisa de cerca de 300 mil tendas para acomodar centenas de milhares de deslocados internos, além de roupas de inverno para se preparar para a chegada do frio.
O Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza denunciou ontem que Israel permitiu a entrada de menos de um terço da ajuda estipulada como parte do cessar-fogo acordado, em vigor desde 10 de outubro.
Em um comunicado à imprensa, o gabinete afirmou que, dessa data até 6 nov, 4.453 caminhões carregados com bens essenciais entraram no território, em vez dos 15.600 previstos. Esse número inclui 31 veículos transportando gás de cozinha e 84 transportando diesel, destinados ao funcionamento de padarias, hospitais, geradores de energia elétrica e outros setores vitais.
Observou-se que a média diária de caminhões que entram no território é de 171, em vez dos 600 acordados.
Esse número confirma que Israel continua a praticar uma política de estrangulamento, fome, pressão humanitária e chantagem política contra mais de dois milhões de palestinos, alertou o gabinete. Sobre essa questão, o gabinete enfatizou que essas quantidades limitadas não atendem às necessidades mínimas de alimentação, assistência médica e itens básicos da população do enclave costeiro.
Como parte de sua política para agravar a fome, o país está privando a população civil da Faixa de Gaza de mais de 350 tipos de alimentos básicos necessários para crianças, doentes, feridos e grupos vulneráveis, destacou o comunicado.
Nesse sentido, afirmou que o país está impedindo a entrada de grandes quantidades de ovos, carne, peixe, laticínios, vegetais e suplementos nutricionais, enquanto acelera a entrada de produtos sem valor nutricional, como refrigerantes, chocolate e refeições prontas.
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