Foi o que afirmou o presidente da Comissão da UA, Mahmoud Ali Youssouf, ao intervir na Cúpula de Líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), sediada na cidade amazônica de Belém, no âmbito do papel proativo que o continente desempenha na ação climática global.
Youssouf enfatizou que a África participa da conferência com convicção, posicionando-se como agente de transformação na transição global para um futuro com baixas emissões de carbono.
Ele destacou as crescentes contribuições do continente para a inovação climática, citando os avanços desde parques solares até inovações verdes lideradas por jovens, além de reafirmar que eles lideram o caminho para uma transformação energética justa e inclusiva.
No entanto, ele expressou sua preocupação com o fato de que a África — apesar de abrigar 40% do potencial mundial de energia renovável — continue recebendo menos de 12% do financiamento climático global.
“Não pedimos caridade, mas justiça climática”, afirmou, enfatizando que aqueles que são menos responsáveis por esta crise não devem suportar seu maior fardo.
O presidente da Comissão da União Africana, ao exigir compromissos tangíveis na cúpula, exortou os líderes mundiais a passarem decididamente das “promessas ao progresso” e da “vulnerabilidade à vitalidade”.
Por fim, declarou que o tempo das meias medidas acabou e que uma ação ousada e unida deve definir o legado da COP30.
O fórum, que termina nesta sexta-feira, com a presença de 57 chefes de Estado e de Governo e 143 delegações de todo o mundo, consolidou-se como um ensaio para o evento mais esperado do calendário ambiental.
Os debates girarão em torno da transição energética e do balanço de uma década do Acordo de Paris, com os olhos voltados para as Contribuições Determinadas Nacionalmente e o financiamento climático, ainda insuficiente para responder à magnitude do desafio.
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