“As descobertas na prisão de Cabo Haitiano são alarmantes e refletem uma situação de detenção marcada por uma deterioração avançada das condições humanas e materiais”, destaca um relatório da organização.
A prisão conta atualmente com 841 detentos: 30 mulheres, das quais cinco já foram condenadas, 16 menores de idade, apenas um com pena imposta, e 795 homens, dos quais apenas 122 foram julgados.
O comunicado da Associação de Voluntários para a Reintegração dos Detidos do Haiti classificou como dramático o nível de superlotação nesta prisão, uma vez que o recinto foi projetado para 500 pessoas.
Essa violação faz com que as celas estejam superlotadas, sem ventilação e iluminação adequadas, além da insalubridade dos blocos sanitários, que exalam odores pestilentos.
Cerca de vinte detentos sofrem de doenças infecciosas, contagiosas e de pele, sem receberem os cuidados adequados, precisa o texto divulgado pelo jornal digital Haiti Libre.
A prisão de Cabo Haitiano — em risco de desabamento — conta com um médico e uma enfermeira para toda a penitenciária, cuja farmácia apresenta um estado avançado de deterioração.
A Associação de Voluntários para a Reintegração dos Detentos do Haiti denunciou a falta de assistência jurídica. De fato, 85% dos presos estão em prisão preventiva e ainda não foram julgados.
Outras violações dos direitos humanos relatadas no relatório da organização são a privação de assistência médica adequada, a falta de alimentos e a impossibilidade de acesso a programas educacionais e de reintegração. mem/joe/bm





